O hipermimetismo no romance O Cheiro do Ralo de Lourenço Mutarelli

• Processo: 14/04320-2
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
• Data de Início da vigência: 01 de maio de 2014
• Data de Término da vigência: 31 de dezembro de 2015
• Área de conhecimento: Linguística, Letras e Artes - Letras - Literatura Brasileira
• Pesquisador responsável: Rejane Cristina Rocha
• Beneficiário: Arthur Dias de Souza
• Instituição Sede: Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH). Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). São Carlos , SP, Brasil
• Assunto(s): Novo realismo Valores sociais Obra literária Escolas literárias Século XIX
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Hipermimetismo | Lourenço Mutarelli | Novo realismo | O Cheiro do Ralo | Romance brasileiro contemporâneo | Contemporânea

Resumo

Em busca do que seja a relação entre a obra literária e a realidade, o conceito de representação tem sido esboçado como sua mais relevante característica, no qual estão envolvidos os valores sociais e estéticos, além dos sistemas de comunicação de determinada época. A partir do que tenha sido o Realismo Histórico do século XIX e as transformações que ele trouxe para a concepção de representação do real, procuramos compreender qual é a mediação existente entre a obra literária e a realidade a partir do conceito de mímesis. Para tanto, a concepção de Tânia Pellegrini (2007) de uma postura e de um método específicos que passam a existir a partir desta escola literária, nos dá parâmetros para entender de que modo algumas obras da contemporaneidade brasileira têm sido chamadas de neorealistas. Mais especificamente, este trabalho se atém para o que Alfredo Bosi chama de hipermimetismo, método de expressão literária característico da cultura de massas. O hipermimetismo é característico de uma literatura transparente, de apelo, direta e sem mediações, em que efeitos especiais, no limite do que a linguagem escrita permite, ditam o ritmo de leitura na cultura de massas. O romance de Lourenço Mutarelli, O Cheiro do Ralo, serve de base para a análise das características específicas de um método hipermimético, na medida em que este método é responsável por determinada postura. A análise do que Alfredo Bosi (2002) chama de convenção, maneira de resistir em meio à falta de mediações na crítica contemporânea, ajuda a compreender quais são as novas maneiras de representar o real, próprias do hipermimetismo.