A confissão e a pena de excomunhão na ordenação dos costumes (Libro de las Confesiones de Martín Pérez - século XIV)

• Processo: 14/22635-0
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
• Data de Início da vigência: 01 de abril de 2015
• Data de Término da vigência: 31 de dezembro de 2015
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - História - História Antiga e Medieval
• Pesquisador responsável: Susani Silveira Lemos Franca
• Beneficiário: Rodolfo Nogueira da Cruz
• Instituição Sede: Faculdade de Ciências Humanas e Sociais (FCHS). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Franca. Franca , SP, Brasil
• Assunto(s): História antiga Idade Média Confissão Punição Ordenação Análise documentária
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Confissão | Excomunhão | Idade Medieval | Martín Pérez | Século XIV | Tratado de Confissão | Baixa Idade Média

Resumo

Na Castela dos séculos XIV, a crescente preocupação com a má conduta do clero e com o crescimento das heresias deu lugar a um conjunto de escritos que procuravam difundir nos meios eclesiásticos preceitos para uma conduta mais regrada e condizente com a fé cristã. Nesse momento, a confissão auricular, que visava, entre outros fins, estimular uma reflexão sobre as condutas e uma revisão dos erros, se torna um importante instrumento para fazer com que o fiel tivesse ciência dos caminhos e desvios da Salvação e se convencesse sobre tais. A confissão, que desde 1215 passa a ser obrigatória e anual, torna-se um dos elos entre as prelazias e o fiel, servindo para levar a uma ponderação sobre a trajetória de cada um e para o reconhecimento da culpa pelos pecados cometidos. O Libro de las Confesiones de Martín Pérez, datado de aproximadamente 1316, surge nesse contexto com o propósito de instruir um setor do clero que, de seu ponto de vista, por não dominar conhecimentos aprofundados, ministrava a confissão com o fim de obter lucros e satisfazer interesses próprios, colocando em risco os princípios do Sacramento da Penitência. Dentre as prescrições voltadas para a correção dos cristãos, chamam atenção aquelas de como suceder em caso de excomunhão, pois, por esta, o fiel era afastado da comunidade cristã. A questão a ser levantada é acerca da relação entre a confissão e a excomunhão e de que modo serviram de instrumento moralizador e definidor de crenças e práticas na Castela do século XIV.