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Fabricação de telhas a partir de Painéis Partículas Homogêneos (PPH) com rejeitos de madeira tratada

Processo: 16/07474-6
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas - PIPE
Vigência (Início): 01 de abril de 2016
Vigência (Término): 31 de dezembro de 2016
Área do conhecimento:Engenharias - Engenharia de Materiais e Metalúrgica - Materiais Não-metálicos
Pesquisador responsável:Maria Fátima do Nascimento
Beneficiário:Maria Fátima do Nascimento
Empresa Sede:Partículas Desenvolvimento e Tecnologia em Materiais Ligno Celulósicos Ltda
Vinculado ao auxílio:14/50178-3 - Fabricação de telhas a partir de painéis partículas homogêneos (PPH) com rejeitos de madeira tratada, AP.PIPE
Assunto(s):Telhas   Tecnologia da madeira   Conservantes   Resíduos sólidos
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:fabricação | madeira tratada | Painéis de partículas | telhas | Engenharia II

Resumo

Painéis de partículas de madeira são utilizados na construção civil, na indústria moveleira e na indústria de embalagens. Estes painéis são produzidos com partículas de madeira e resina sintética, usualmente à base de uréia-formaldeído e/ou fenol-formaldeído. Tais resinas, porém por serem consideravelmente tóxicos e ambientalmente perigosos, motivam a pesquisa por matérias-primas alternativas para a produção de painéis com características distintas. Como alternativa, a resina poliuretana à base de mamona, por exemplo, representa um avanço no desenvolvimento tecnológico nacional, apresentando excelentes propriedades físico-mecânicas para composição dos painéis. Também foi considerado expressivo volume de rejeitos e resíduos de madeira tratada gerado no País (cerca de 150 mil metros cúbicos anuais). Estes resíduos podem ser fonte de poluição, sob forma de peças fora de especificação, armazenadas indevidamente nos pátios das usinas de preservação, tornando possível a dispersão do cobre e do arsênio para o ambiente antes da completa fixação dos ingredientes ativos do preservante, ou produtos pós-consumo sem destino legal, em ambos os casos contaminando solo e lençol freático. O reaproveitamento dos rejeitos de madeira tratada possibilita agregar valor ao material, pois se caracteriza como insumo com propriedades de resistência a agentes deterioradores. O CCA (Arseniato de Cobre Cromatado) caracteriza-se como um dos principais preservantes de madeira empregados no Brasil, devido a sua eficácia, perfazendo cerca de 80% da madeira tratada, segundo Silva (2006). Em Países como nos Estados Unidos, por exemplo, esta substância já representou mais de 90% das vendas do mercado consumidor, dominando-o de 1970 a 2004. Desde então, o EPA (Environmental Protection Agency) não aprova o uso deste produto em construções residenciais e tem limitado a sua utilização para determinados usos industriais e comerciais, que inclui componentes como o de pontes de madeira. Isto se deve ao fato do arsênio inorgânico presente em sua composição ser classificado como de uso restrito (LEBOW, 2006; BIGELOW, 2007). Entretanto, no Brasil, os produtos existentes e as normas técnicas que regulamentam a utilização do CCA ainda o consideram como produto seguro e que fornece grande durabilidade (FAGUNDES, 2003). O presente projeto de pesquisa tem por intuito viabilizar a produção de telhas a partir de Painéis de Partículas Homogêneos (PPH), produzidos com resíduos de madeira tratada com CCA e CCB e a determinação de parâmetros favoráveis para tal finalidade. A qualidade do produto PPH será testada de acordo com as diretrizes dos documentos normativos EN 312 e NBR 14.810: 2001/2/3 - Chapas de madeira aglomerada. Tendo sua justificativa pautada no reaproveitamento de resíduos de madeira tratada com produtos sintéticos de alta toxidade para produção de um produto sustentável. Acentua-se o uso desses painéis como telhas, desenvolvendo-se um produto com características diferenciadas, haja vista o processo distinto de fabricação, e a inclusão de resina poliuretana a base de óleo de mamona que apresenta 80% de componentes naturais como terceiro componente do compósito. A pesquisa será desenvolvida no Laboratório de Madeiras e de Estruturas de Madeira (LaMEM), do Departamento de Engenharia de Estruturas (SET), da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), da Universidade de São Paulo (USP). (AU)

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