Estado-rede e especialistas em políticas públicas e gestão governamental: uma análise antropológica da reforma administrativa no Brasil

• Processo: 16/04598-6
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
• Data de Início da vigência: 01 de junho de 2016
• Data de Término da vigência: 01 de outubro de 2018
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Antropologia - Teoria Antropológica
• Pesquisador responsável: Jorge Luiz Mattar Villela
• Beneficiário: Barbara Gonçalves Moraes
• Instituição Sede: Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH). Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). São Carlos , SP, Brasil
• Bolsa(s) vinculada(s): 17/12422-8 - Network Governance: regimes estatais de discursividade e visualidade, BE.EP.IC
• Assunto(s): Administração pública Políticas públicas Reforma administrativa Governamentalidade Etnografia Análise documentária Pesquisa bibliográfica
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Antropologia da administração pública | Etnografia | experimentações etnográficas | reforma administrativa | Antropologia da Administração Pública

Resumo

O objetivo deste projeto de iniciação científica é refletir sobre os arranjos de instituições, práticas, técnicas e saberes incitados pela Reforma Administrativa no Brasil, em especial o modelo teórico de Estado-rede e as ferramentas de gestão de que lançam mão os Especialistas em Políticas Públicas e Gestão Governamental (EPPGGs), carreira que se insere dentro das transformações recentes nos quadros de funcionários do alto escalão da burocracia executiva. A proposta é desenvolver uma etnografia que se sirva de uma análise topológica de poder, tal como proposta por Collier ([2009] 2011), de modo a examinar o arranjo do Estado-rede e dos EPPGGs de maneira relacional e não determinística, sem supor a determinação de modelos sobre as práticas ou vice versa. Trata-se de descrever a constituição mútua de modelos e práticas, conferindo ao arranjo da Reforma Administrativa no Brasil a sua plasticidade e singularidade. A metodologia deste projeto está alicerçada em três ferramentas analíticas: o trabalho de campo a ser realizado na Associação Nacional dos Especialistas em Políticas Públicas e Gestão Governamental (ANESP) sediada em Brasília; a análise documental de fontes disponibilizadas nas plataformas da ANESP, da Escola Nacional de Administração Pública (ENAP) e de diversos órgãos federais como o Ministério do Planejamento e Gestão; a revisão bibliográfica em temas como antropologia da administração pública, do Estado e dos experts. O projeto situa-se mais amplamente dentro das discussões de uma antropologia da administração pública e, de forma mais pontual, compõe os esforços do Laboratório de Experimentações Etnográficas (LE-E) da UFSCar em empreender etnografias experimentais sobre práticas estatais contemporâneas.