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Efeito da Mygalina no córtex pré-frontal medial sobre a dor neuropática: investigação da comorbidade entre dor neuropática e depressão em ratos

Processo: 17/12116-4
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 01 de julho de 2017
Data de Término da vigência: 31 de outubro de 2018
Área de conhecimento:Ciências da Saúde - Medicina - Psiquiatria
Pesquisador responsável:Renato Leonardo de Freitas
Beneficiário:Ana Carolina Medeiros
Instituição Sede: Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP). Universidade de São Paulo (USP). Ribeirão Preto , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:13/12916-0 - Participação dos circuitos endocanabinóides, glutamatérgicos e endovanilóides do córtex pré-frontal medial no modelo de dor neuropática e da investigação das comorbidades dor crônica e outras desordens neurológicas, AP.JP
Assunto(s):Depressão   Dor neuropática   Dor crônica   Córtex pré-frontal   Modelos animais
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:córtex pré-frontal medial | depressão | Dor Neuropática Crônica | Mygalina | Neurotransmissão glutamatérgica | Sistema Endógeno de Inibição de Dor | Neuropsicofarmacologia

Resumo

A dor neuropática crônica é um dos principais problemas de saúde e que pode afetar mais de 20 % dos adultos. A depressão possui alta taxa de comorbidade com a dor crônica. De fato, a prevalência da depressão varia entre 22% e 78% em quadros clínicos de dor crônica. Não obstante, queixas dolorosas persistentes ocorrem entre 30% e 100% dos doentes deprimidos. A Mygalina, uma acilpoliamina sintetizada à partir da molécula natural presente na hemolinfa da aranha Acanthoscurria gomesiana, apresenta-se como uma abordagem interessante para o tratamento da dor. Há evidências de que as acilpoliaminas têm como característica a interação com os receptores glutamatérgicos ionotrópicos, como os receptores ácido ±-amino-3-hidróxi-5-metil-4-isoxazol propiônico (AMPA) e N-Metil D-Aspartato (NMDA). Em adição, o córtex pré-frontal (CPFM) tem sido associado a elaboração de aspectos cognitivos e emocionais e pode ser uma área envolvida na elaboração da comorbidade entre a dor crônica de origem neuropática e transtornos depressivos em um modelo animal. HIPÓTESES: (I) Investigaremos as possíveis conexões entre o CPFM com áreas do sistema endógeno de inibição de dor, tais como núcleo dorsal da rafe (NDR), núcleo magno da rafe (NMR) e substância cinzenta periaquedutal (SCP), através do estudo neuroanatômico; (II) investigaremos se a Mygalina microinjetada no CPFM ativa neurônios do sistema endógeno de inibição de dor, através do estudo neuroeletrofisiológico; (III) avaliaremos o possível efeito antinociceptivo da Mygalina intra-CPFM em animais com dor neuropática crônica e se este efeito é dependente da ativação dos receptores NMDA no mesmo local; (IV) e avaliaremos se o tratamento intra-CPFM com Mygalina também diminui as respostas relacionadas a depressão em ratos com dor crônica de origem neuropática. MÉTODO 1 - ESTUDO NEUROANATÔMICO: Iremos realizar um minucioso estudo neuroanatômico no CPFM e suas possíveis projeções aferentes e eferentes para os núcleos do sistema endógeno de inibição de dor (SCP, NDR e NMgR) em animais 21 dias após da indução da dor neuropática através da constrição crônica (CCI) do nervo isquiático de ratos Wistar. Será microinjetado o neurotraçador de captação bidirecional, o BDA 3.000 no CPFM. MÉTODO 2 - ESTUDO NEUROELETRIFISIOLÓGICO: Após 21 dias da CCI ou Sham ("falso-operado"), eletrodo ligado ao MiniMatrix (mesmo equipamento multiusuário do Deep brain stimulation: DBS) será implantado nos animais para detectar a atividade neuronial dos núcleos do sistema endógeno de inibição de dor mediante a microinjeção intra-CPFM da Mygalina. Sendo assim, um clássico estudo eletrofisiológico será realizado no presente projeto, a fim de mostrarmos que uma vez conectados, esses núcleos, através do efeito da Mygalina, também possuem inter-relação nas suas atividades em modelo animal de dor neuropática crônica. MÉTODO 3 - ESTUDO PSICOFARMACOLÓGICO: (A) 21 dias após a CCI ou do procedimento Sham, a Mygalina (0,02, 0,002 e 0,002µg/µL) será microinjetada no CPFM, e a alodinia mecânica e a hipersensibilidade ao frio serão estudadas através do teste de von Frey e de acetona, respectivamente; também será realizado o pré-tratamento do CPFM com o agonista NMDA, seguido pela Mygalina para avaliarmos se o efeito desta poliamida é dependente da ativação glutamatérgica no neocórtex; (B) os mesmos tratamentos farmacológicos citados acima serão realizados no CPFM, porém, avaliaremos respostas relacionadas a depressão no teste de nado forçado e no teste de preferência pela sacarose (a 1%) em animais com dor neuropática crônica. (AU)

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