Cosmologia e turismo entre os Taurepáng

• Processo: 17/19647-5
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado
• Data de Início da vigência: 01 de dezembro de 2017
• Data de Término da vigência: 31 de agosto de 2019
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Antropologia - Teoria Antropológica
• Pesquisador responsável: Geraldo Luciano Andrello
• Beneficiário: Caio Monticelli
• Instituição Sede: Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH). Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). São Carlos , SP, Brasil
• Assunto(s): Turismo Turismo cultural Turismo ecológico Terra indígena Etnologia indígena Roraima
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Etnologia | Não-Humanos | Roraima | Taurepáng | Terra Indígena | Turismo | Etnologia Indígena

Resumo

Este projeto focaliza a participação dos Taurepáng na atividade turística que vem se consolidando em Terra Indígena no norte do estado de Roraima. A pesquisa será realizada na comunidade do Bananal, situada em uma região de floresta, rodeada por muitas cachoeiras e ao pé da serra de Pacaraima, que marca a fronteira entre Brasil e Venezuela. Com experiência em receber turistas, esta comunidade é uma referência local, pois uma parte de seus moradores é formada enquanto condutores de visitantes por paisagens naturais. No entanto, o turismo entre os Taurepáng suscita ainda muitas controvérsias internas. Passa-se que ainda não puderam equacionar precisamente certas variáveis em questão: além de devotos ao Adventismo de Sétimo Dia, que imprimi um ritmo próprio à vida comunitária, os espaços que o turismo pretende são concebidos pelos Taurepáng como a morada de uma diversidade de espíritos, e, portanto, perigosos. Como essa nova atividade recebe cada vez mais destaque no cenário regional, sobretudo com o interesse crescente de agências especializadas, pretende-se uma aproximação às seguintes questões: (1) como os Taurepáng pretendem operar o turismo por locais e trilhas que não frequentam sem uma série de cuidados, pois são a casa de outros seres? (2) em que medida essa atividade, no contexto de uma comunidade muito voltada para si mesma, corresponderia a uma abertura demasiada ao exterior, podendo então ameaçar o regrado cotidiano local? (3) por que histórias referente ao Kanaimé, uma categoria de assassino secreto que utiliza de feitiçaria para matar, vêm se intensificando paralelamente aos debates atuais sobre o turismo? (AU)