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Células e tecidos de dormência em ascídias: mecanismos de desenvolvimento e origens evolutivas

Processo: 18/05923-3
Modalidade de apoio:Bolsas no Exterior - Estágio de Pesquisa - Pós-Doutorado
Data de Início da vigência: 23 de julho de 2018
Data de Término da vigência: 22 de julho de 2019
Área de conhecimento:Ciências Biológicas - Zoologia
Pesquisador responsável:Federico David Brown Almeida
Beneficiário:Laurel Sky Hiebert
Supervisor: Stefano Tiozzo
Instituição Sede: Instituto de Biociências (IB). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Instituição Anfitriã: Laboratoire de Biologie du Développement de Villefranche-sur-Mer (LBDV), França  
Vinculado à bolsa:15/14052-8 - Origens da colonialidade: mecanismos de desenvolvimento e direcionalidade da coalescência colonial em ascídias, BP.PD
Assunto(s):Células-tronco   Tecidos (anatomia)   Urocordados
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Ascídias | Células-tronco | Colonialidade | dormência | Evolução e Desenvolvimento

Resumo

Organismos coloniais que se reproduzem por clones se mantêm fisicamente unidos uns aos outros e podem sobreviver em condições de mudanças ambientais devido a sua capacidade de adicionar/remover unidades individuais (módulos). Além disso, diversas espécies coloniais sobrevivem em condições adversas permanecendo em modo dormente. Para isso, módulos ou a colônia inteira entram em um estado fisiológico e morfológico de inativação. Colonialidade surgiu independentemente várias vezes dentre os metazoários, e a capacidade de permanecer em dormência evoluiu em quase todas as classes de animais coloniais. Porém, a conexão entre a colonialidade e a dormência nesses organismos permanece inexplorada. Eu hipotetizo que a dormência surgiu em linhagens coloniais via co-opção de mecanismos envolvendo reprodução assexuada e potencial de regeneração em táxons que apresentam colonialidade. Espécies coloniais se desenvolvem assexuadamente devido a presença de células troncos circulatórias. Eu hipotetizo que o recrutamento destas células tronco está envolvido na origem da dormência em espécies coloniais. As ascídias, uma das famílias do subfilo Tunicata, se apresentam como bons modelos para compreender a origem e os mecanismos envolvidos na dormência. Meu projeto de pós-doutorado está focado nas células tronco e seu envolvimento no brotamento e na origem da colonialidade. No meu projeto BEPE eu pretendo explorar outro importante mecanismo de desenvolvimento presente em espécies coloniais, a dormência, Para isso, eu pretendo examinar as características ambientais, morfológicas e moleculares, da dormência em duas espécies de acídias que evoluíram colonialidade e dormência independentemente. Pretendo determinar as condições ambientais que ativam e inativam a dormência no laboratório e no ambiente. Eu irei analisar células e tecidos dormentes usando técnicas de histologia e microscopia e comparar perfis de transcriptoma de tecidos dormentes e não dormentes. Os resultados obtidos neste trabalho vão estabelecer a fundação para o uso desses organismos como modelo no estudo de dormência. Além disso, os resultados irão mostrar se a origem da dormência como uma estratégia de sobrevivência se vale de mecanismos compartilhados com a condição de colonialidade, como o envolvimento de células tronco circulatórias. Esse projeto irá contribuir diretamente com o meu projeto de pós-doutorado e aumentará a compreensão do nosso entendimento das origens e mecanismos de histórias de vida complexas. (AU)

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Publicações científicas (6)
(Referências obtidas automaticamente do Web of Science e do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores)
SCELZO, MARTA; ALIE, ALEXANDRE; PAGNOTTA, SOPHIE; LEJEUNE, CAMILLE; HENRY, PAULINE; GILLETTA, LAURENT; HIEBERT, LAUREL S.; MASTROTOTARO, FRANCESCO; TIOZZO, STEFANO. Novel budding mode in Polyandrocarpa zorritensis: a model for comparative studies on asexual development and whole body regeneration. EVODEVO, v. 10, . (18/05923-3)
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HIEBERT, LAUREL S.; SCELZO, MARTA; ALIE, ALEXANDRE; DE TOMASO, ANTHONY W.; BROWN, FEDERICO D.; TIOZZO, STEFANO. Comparing dormancy in two distantly related tunicates reveals morphological, molecular, and ecological convergences and repeated co-option. SCIENTIFIC REPORTS, v. 12, n. 1, p. 17-pg., . (15/50164-5, 18/05923-3, 18/50017-0)
JIMENEZ-MERINO, JUAN; DE ABREU, ISADORA SANTOS; HIEBERT, LAUREL S.; ALLODI, SILVANA; TIOZZO, STEFANO; DE BARROS, CINTIA M.; BROWN, FEDERICO D.. Putative stem cells in the hemolymph and in the intestinal submucosa of the solitary ascidian Styela plicata. EVODEVO, v. 10, n. 1, . (19/06927-5, 16/07607-6, 15/50164-5, 15/14052-8, 18/05923-3)
HIEBERT, LAUREL S.; VIEIRA, LEANDRO M.; TIOZZO, STEFANO; SIMPSON, CARL; GROSBERG, RICHARD K.; MIGOTTO, ALVARO E.; MORANDINI, ANDRE C.; BROWN, FEDERICO D.. From the individual to the colony: Marine invertebrates as models to understand levels of biological organization. JOURNAL OF EXPERIMENTAL ZOOLOGY PART B-MOLECULAR AND DEVELOPMENTAL EVOLUTION, v. 336, n. 3, . (18/05923-3, 15/50164-5, 19/06927-5, 18/50017-0, 15/14052-8)
HIEBERT, LAUREL S.; SIMPSON, CARL; TIOZZO, STEFANO. Coloniality, clonality, and modularity in animals: The elephant in the room. JOURNAL OF EXPERIMENTAL ZOOLOGY PART B-MOLECULAR AND DEVELOPMENTAL EVOLUTION, v. 336, n. 3, p. 198-211, . (15/14052-8, 18/05923-3)