Considerações epistemológicas para uma linguística das interações humanas

• Processo: 18/14359-4
• Modalidade de apoio: Bolsas no Exterior - Pesquisa
• Data de Início da vigência: 15 de fevereiro de 2019
• Data de Término da vigência: 14 de junho de 2019
• Área de conhecimento: Linguística, Letras e Artes - Linguística - Teoria e Análise Lingüística
• Pesquisador responsável: Evani de Carvalho Viotti
• Beneficiário: Evani de Carvalho Viotti
• Pesquisador Anfitrião: Salikoko Sangol Mufwene
• Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Instituição Anfitriã: University of Chicago, Estados Unidos
• Assunto(s): Epistemologia Cognição Signo linguístico
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: a língua como sistema complexo | Cognição Situada | enação | interações comunicativas corporeadas | teoria peirceana do signo | Epistemologia da Linguística

Resumo

A pesquisa que aqui se projeta pretende fazer uma reflexão sobre duas das bases epistemológicas da linguística contemporânea: as noções de signo e de sistema linguístico. Propostas por Saussure, essas noções são pertinentes ao estudo da 'langue' ou da competência linguística, e têm sido consideradas adequadas para os estudos da fala. Mas quando se aumenta o escopo das investigações sobre a fala para nelas incluir todo o processo que envolve as interações comunicativas humanas, observam-se fenômenos que exibem uma criatividade, uma dinamicidade e uma mutabilidade que extrapolam os limites rigorosos do signo e do sistema saussurianos. Assumindo uma postura que entende a língua como parte da cognição humana, o objetivo desta pesquisa é o de estudar as possibilidades de integrar a ideia de signo proposta pelo filósofo Charles S. Peirce, mais flexível do que a de Saussure, a uma visão de língua como sistema complexo, tendo como pano-de-fundo uma vertente interdisciplinar das ciências cognitivas conhecida como 'cognição situada' ou 'enação'. A expectativa é a de que essa nova articulação de signo, sistema e cognição, mais aberta à individualidade humana inserida em ecologias de práticas socioculturais bastante dinâmicas, possa dar conta da semiose que emerge nas interações comunicativas. (AU)