Norberto Bobbio e a democracia do futuro na era (do fim) dos direitos

• Processo: 19/06042-3
• Modalidade de apoio: Bolsas no Exterior - Pesquisa
• Data de Início da vigência: 30 de julho de 2019
• Data de Término da vigência: 29 de novembro de 2019
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Sociologia
• Pesquisador responsável: Anderson Deo
• Beneficiário: Anderson Deo
• Pesquisador Anfitrião: Giuseppe Stefano Azzara
• Instituição Sede: Faculdade de Filosofia e Ciências (FFC). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Marília. Marília , SP, Brasil
• Instituição Anfitriã: Università degli Studi di Urbino Carlo Bo, Itália
• Assunto(s): Sociologia política Democracia Bonapartismo Autocracia Liberalismo
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Bonapartismo e autocracia | Direitos e democracia | Liberalismo e democracia | Neokantismo | Teoria da Democracia | Sociologia Política

Resumo

O objeto de investigação do presente projeto é a Teoria da Democracia desenvolvida por Norberto Bobbio. Observa-se na contemporaneidade o recrudescimento do conteúdo político-ideológico conservador (e também reacionário), que se apresenta como alternativa aos dilemas sociais presentes, sobretudo no quadro de crise econômica e social observado nas Democracias Liberais do Ocidente. Uma inquietação move a nossa pesquisa: as formulações de Norberto Bobbio que dizem respeito às transformações da democracia e o seu conteúdo na contemporaneidade, seriam suficientes para explicar a "ascensão ao passado" que estamos presenciando? Em meados da década de 1980, Bobbio afirmava que a democracia liberal progredia em relação aos regimes ditatoriais, e que as transformações democráticas não podiam ser caracterizadas como crise desse regime. A hipótese que pretendemos testar verificará a validade das formulações bobbianas, em seu esforço intelectivo de caracterização da democracia liberal na atualidade, diante das transformações socioculturais em curso. Objetiva-se analisar os fundamentos teóricos de suas formulações, identificando os elementos constitutivos de seu arcabouço conceitual e sua vinculação à tradição filosófica idealista neokantiana, utilizando-se de um instrumental metodológico fundado na análise qualitativa, exegética e imanente de seus textos, assim como de seus comentadores. (AU)