A educação das relações étnico-raciais em livros didáticos de biologia: um recorte histórico

• Processo: 19/04962-8
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado
• Data de Início da vigência: 01 de dezembro de 2019
• Data de Término da vigência: 30 de setembro de 2021
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Educação - Tópicos Específicos de Educação
• Pesquisador responsável: Douglas Verrangia Correa da Silva
• Beneficiário: Florença Freitas Silvério
• Instituição Sede: Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH). Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). São Carlos , SP, Brasil
• Assunto(s): Ensino de ciências Currículo Livro didático Relação social Grupos étnicos Negros
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: curriculo | Educação das relações étnico-raciais | Educação em Ciências e Biologia | Livros didáticos | Educação em Ciências e Biologia

Resumo

O currículo é um espaço de reprodução e produção de significados, no qual se materializam disputas em torno dos mesmos. O currículo enquanto um texto racial vem sendo apontando por alguns pesquisadores como veículo de uma racionalidade eurocêntrica. O livro didático enquanto uma das manifestações do currículo escrito, é um testemunho histórico da trajetória das disciplinas escolares. Enquanto currículo e testemunho histórico, é objeto de imbricados interesses e produto de relações de poder, podendo reproduzir relações sociais, mas também contestá-las. Nessa perspectiva, tomamos os livros didáticos de Biologia como objetos de estudo a fim de caracterizar como a demanda social e institucional de educar relações raciais mais democráticas, concretiza-se nesses materiais. Com um estudo preliminar, percebemos que livros recentes de Biologia foram afetados por um fluxo cultural entre sociedade e currículo, no sentido de abordar de forma mais explícita e positiva a diversidade étnico-racial presente na sociedade. Assim, pretendemos caracterizar como esse movimento aconteceu nos últimos 20 anos. Dessa forma, poderemos compreender melhor as interpretações que esses materiais fazem de uma demanda social, gerada no Movimento Negro, transformada em política pública: um projeto de educação das relações étnico-raciais. (AU)