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Trajetórias, habitus e práticas: um estudo sobre a psicanálise na rua em São Paulo

Processo: 20/07070-8
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 01 de setembro de 2020
Data de Término da vigência: 28 de março de 2021
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Sociologia - Outras Sociologias Específicas
Pesquisador responsável:Marcia Cristina Consolim
Beneficiário:Ana Bárbara Moreira Rossato
Instituição Sede: Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (EFLCH). Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Campus Guarulhos. Guarulhos , SP, Brasil
Assunto(s):Psicanálise   Intelectuais   Espaço público   Modo de vida   Relatos de casos   São Paulo
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Bourdieu | Campo da psicanálise | Clínicas públicas | habitus | Psicanálise | Sociologia | Sociologia dos Intelectuais

Resumo

Este trabalho tem como objetivo analisar a trajetória social e intelectual dos psicanalistas que oferecem atendimento gratuito em espaços públicos. Tomo como objeto, especificamente, o coletivo Psicanálise na Roosevelt e o projeto Clínica Aberta de Psicanálise, ambos atuantes em São Paulo. Os dois grupos foram escolhidos pelas suas semelhanças de atuação prática, mas possuem diferenças significativas para um estudo comparado: os dois grupos se diferenciam pelo espaço onde atuam - o primeiro em praça pública e o segundo em um centro cultural - e pela diferença de formação de seus integrantes, sendo o primeiro grupo composto majoritariamente por psicanalistas oriundos do Fórum do Campo Lacaniano e o segundo grupo majoritariamente formado por psicanalistas que frequentaram o Sedes Sapientiae. Em primeiro lugar, pretendo investigar as propriedades sociais, econômicas e culturais dos agentes que atuam nesses grupos - o capital familiar herdado, a formação escolar e superior, suas práticas culturais e estilo de vida - a fim de analisar em que medida tais propriedades e práticas influenciam na escolha da psicanálise como área de profissionalização e, em seguida, nas disposições e estratégias de atuação no campo da psicanálise. Em segundo lugar, pretendo investigar em que medida tais práticas "livres" do ponto de vista institucional são consideradas legítimas pelos detentores do monopólio da definição legítima da prática psicanalítica - representantes das sociedades científicas e das instituições de formação na área. A hipótese adotada nesta pesquisa é que esses grupos - cuja prática heterodoxa questiona os pressupostos do atendimento clínico - afrontam os limites da relação profissional ou "pura" estabelecida entre psicanalista e paciente, e que isso se dá porque seus membros são portadores de propriedades sociais e intelectuais dominantes - o que os leva inclusive a angariar adeptos em início de carreira e disponíveis para experimentos incertos.

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