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Terra Verde: temporalidade e pessoa Kiriri

Processo: 20/10485-5
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de março de 2021
Data de Término da vigência: 13 de agosto de 2024
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Antropologia - Antropologia Rural
Pesquisador responsável:Emilia Pietrafesa de Godoi
Beneficiário:Fernanda Borges Henrique
Instituição Sede: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Bolsa(s) vinculada(s):23/07467-3 - A vontade de contar uma nova história: os Kiriri do Acré e a memória inscrita na terra, BE.EP.DR
Assunto(s):População indígena   Tempo   Temporalidade   Território   Pessoalidade   Caldas (MG)
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Kiriri | Noção de Pessoa | Tempo | Temporalidade | terra | território | Antropologia das populações rurais e indígenas

Resumo

Este projeto de pesquisa trata do povo indígena Kiriri do Rio Verde que, vindo de Muquém do São Francisco, Oeste da Bahia, ocupou, no início de 2017, uma terra no Sul de Minas Gerais, no bairro rural Rio Verde, município de Caldas/MG. A permissão para permanecer na localidade, que tem seu proprietário legal o estado mineiro, foi concedida pelo verdadeiro dono da terra: um antigo Tapuia que apareceu na Ciência, importante ritual Kiriri realizado na mata, e pediu que em troca da permanência, os Kiriri cuidassem das nascentes e das matas da localidade. É também na Ciência, momento em que os Kiriri entram em contato com seus encantados, que a pessoa Kiriri é construída. Ainda, como dizem, a criança Kiriri que nasce, é batizada e cresce no Rio Verde, participando dos rituais da Ciência e do Toré, poderá contar melhor a história do lugar. Nesse sentido, com este projeto objetiva-se compreender como a construção da pessoa se vincula à terra e à historicidade própria dos Kiriri, evidenciando uma temporalidade específica. Assim, pretende-se compreender de que maneira a construção de pessoas está intimamente ligada aos rituais, momento em que a política Kiriri é evidenciada. Ademais, para se construir enquanto liderança, o chefe Kiriri do Rio Verde saiu de Muquém do São Francisco, caminhando em busca de uma nova terra para seu povo. Depois de encontrar a Terra Verde no Sul de Minas Gerais, a liderança afirma estar começando sua história agora e que querem que contem sua história do Sul-mineiro em diante. Assim, temos uma articulação entre tempo, terra, caminhar e a construção de lideranças que se fazem no caminho. Diante do exposto, exploraremos a equação terra, pessoa e tempo. Este projeto é um desdobramento das pesquisas feitas para o mestrado com bolsa da FAPESP. (AU)

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