A vontade de contar uma nova história: os Kiriri do Acré e a memória inscrita na terra

• Processo: 23/07467-3
• Modalidade de apoio: Bolsas no Exterior - Estágio de Pesquisa - Doutorado
• Data de Início da vigência: 01 de setembro de 2023
• Data de Término da vigência: 13 de outubro de 2023
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Antropologia - Etnologia Indígena
• Pesquisador responsável: Emilia Pietrafesa de Godoi
• Beneficiário: Fernanda Borges Henrique
• Supervisor: Mario Blaser
• Instituição Sede: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
• Instituição Anfitriã: Memorial University of Newfoundland (MUN), Canadá
• Vinculado à bolsa: 20/10485-5 - Terra Verde: temporalidade e pessoa Kiriri, BP.DR
• Assunto(s): Antropologia rural Antropologia cultural e social Territorialidade Etnografia Povos indígenas do Brasil
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Kiriri | Land | Memory | territoriality | Territory | Antropologia de populações rurais e indígenas

Resumo

Este projeto BEPE tem como foco o problema etnográfico da "nova história" ou "nossa história" que o povo Kiriri do Acre quer contar nas terras que habitaram no sul de Minas Gerais. Lideradas pelo "cacique" Adenilson Kiriri, as famílias deixaram sua antiga aldeia no oeste da Bahia e migraram para o Sudeste do Brasil em busca de um novo lugar para continuar suas vidas. Essa área, habitada desde 2017, tem como proprietário legal o estado de Minas Gerais, mas seu "verdadeiro dono" é um ancestral do povo Kiriri, que permitiu que ali se estabelecessem a nova aldeia. Nesta nova terra, os encantados estão dando a oportunidade de recomeçar, desta vez do jeito certo permitindo que as famílias Kiriri contem uma nova história ligada a um movimento de inscrição da memória na terra. Nesse sentido, acreditamos que elaborar um tratamento mais detalhado dos dados etnográficos em torno das relações entre as histórias dos Kiriri e as memórias que eles desejam inscrever na "terra verde" é essencial para entender a "nova história" que eles querem contar . Sugerimos também que explorar as nuances das relações entre as pessoas e uma espécie de outro-os-humanos quando estão falando sobre as histórias é importante para entender as memórias que desejam gravar. Por fim, pretende-se também participar/colaborar com as atividades de investigação da Escola de Humanidades e Ciências Sociais da Memorial University of Newfoundland. (AU)