Indústria cultural digital e o recente radicalismo de direita no Brasil

• Processo: 20/09214-7
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
• Data de Início da vigência: 01 de julho de 2021
• Data de Término da vigência: 30 de abril de 2024
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Sociologia - Outras Sociologias Específicas
• Pesquisador responsável: Marcelo Siqueira Ridenti
• Beneficiário: Bruna Della Torre de Carvalho Lima
• Instituição Sede: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
• Assunto(s): Sociologia política Radicalismo Direita (ideologia política) Autoritarismo Indústria cultural Propaganda política Mídias sociais Brasil
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Autoritarismo | bolsonarismo | Direita | Indústria Cultural | Propaganda política | redes sociais | Sociologia política

Resumo

Inspirada pelos estudos da Escola de Frankfurt e de seus legatários contemporâneos, o objetivo da pesquisa de pós-doutorado é estudar o recente radicalismo de direita no Brasil. A ideia é investigar as relações da indústria cultural digital e da propaganda de extrema-direita por ela veiculada com a ascensão do autoritarismo no País. A metodologia parte de uma abordagem multimétodos de análise: primeiramente, serão investigados o conteúdo e as técnicas de sua propaganda política no YouTube, WhatsApp e Facebook; em seguida, o foco recairá sobre o perfil dos consumidores dessa propaganda, composto por eleitores de Jair Bolsonaro no primeiro e no segundo turno das eleições presidenciais de 2018 que utilizam ao menos uma dessas redes. As seguintes questões orientam a pesquisa: qual foi o papel das redes sociais na ascensão desse radicalismo nos últimos anos no Brasil? Qual é a relação da indústria cultural digital e a propaganda antidemocrática? Como funciona o discurso radical de direita no Brasil? A quem ele apela? Por que setores diretamente atacados pela campanha de Bolsonaro votaram nesse candidato. Em diálogo construtivo com a bibliografia sobre o tema, trata-se ainda de examinar elementos presentes no autoritarismo contemporâneo sub-explorados nas análises clássicas, como a misoginia, por exemplo. (AU)