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Sob a sombra de Assuã: perspectivas de cooperação econômica e técnica entre Brasil e URSS (1962-1964)

Processo: 20/07210-4
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de agosto de 2021
Data de Término da vigência: 31 de janeiro de 2024
Área de conhecimento:Ciências Humanas - História
Pesquisador responsável:Felipe Pereira Loureiro
Beneficiário:Gianfranco Caterina
Instituição Sede: Instituto de Relações Internacionais (IRI). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Modernização   Relações internacionais   Cooperação econômica internacional   Cooperação técnica   Energia hidrelétrica   Brasil   Rússia   Século XX
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Brasil | Guerra Fria | Modernização | União Soviética | História das Relações Internacionais

Resumo

Este projeto tem como objetivo identificar e analisar as causas que levaram ao malogro da cooperação Brasil/URSS no campo da energia hidrelétrica entre 1962 e 1964. Lidaremos com duas variáveis independentes: a ocorrência de um retraimento soviético global no campo de cooperação econômica e técnica e a importância do papel desempenhado pelo presidente João Goulart nas conversações, ao apostar alto na empreitada - hipóteses secundárias e variáveis intervenientes também serão apresentadas. No Brasil, o período é marcado por graves dificuldades econômicas, acirramento da luta política doméstica e deterioração dos laços da administração Goulart com os Estados Unidos. No front externo, há uma iniciativa importante do presidente João Goulart que é amplamente desconhecida por estudiosos. Durante um encontro com o embaixador soviético em outubro de 1962, o presidente brasileiro manifestou seu interesse a respeito de uma cooperação econômica e técnica em grande escala com a URSS. Goulart mencionou a possibilidade de auxílio para construção de um enorme empreendimento no País nos moldes da usina hidrelétrica de Assuã - que estava em andamento no Egito com assistência soviética. Com as conversações avançando lentamente nos meses seguintes, Goulart voltaria ao tema, em outubro de 1963, durante conversa com o embaixador Fomin. O encontro marcaria a primeira vez que um presidente brasileiro solicitaria assistência econômica e técnica da URSS para um projeto específico. Este seria construído no Salto de Sete Quedas no Rio Paraná (onde, posteriormente, seria construída a Usina de Itaipu, então a maior do mundo quando foi concluída). A partir de fontes russas, brasileiras e norte-americanas pretende-se compreender as razões pelas quais a iniciativa malogrou. Caso se concretizasse, no entanto, o empreendimento conjunto teria profundo impacto em nível doméstico, regional, e nas relações do Brasil com os EUA. (AU)

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