Busca avançada
Ano de início
Entree

O impacto do estresse em camundongos com deleção de freios moleculares que limitam períodos críticos de plasticidade

Processo: 22/06330-1
Modalidade de apoio:Bolsas no Exterior - Estágio de Pesquisa - Mestrado
Data de Início da vigência: 10 de outubro de 2022
Data de Término da vigência: 09 de abril de 2023
Área de conhecimento:Ciências Biológicas - Farmacologia - Neuropsicofarmacologia
Pesquisador responsável:Felipe Villela Gomes
Beneficiário:Debora Akemi Endo Colodete
Supervisor: Hirofumi Morishita
Instituição Sede: Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP). Universidade de São Paulo (USP). Ribeirão Preto , SP, Brasil
Instituição Anfitriã: Icahn School of Medicine at Mount Sinai, Estados Unidos  
Vinculado à bolsa:21/03391-7 - Estudo da reabertura do período sensível de suscetibilidade ao estresse pela degradação das redes perineuronais, BP.MS
Assunto(s):Estresse   Transtornos mentais   Análise socioambiental   Vulnerabilidade   Parvalbuminas   Síndrome do cromossomo X frágil   Modelos animais
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:estresse | Parvalbumina | transtornos psiquiátricos | Modelos animais

Resumo

Alguns transtornos psiquiátricos, como a esquizofrenia, transtornos de ansiedade e depressão, podem se manifestar no final da adolescência e/ou início da idade adulta, momento em que o organismo se encontra altamente vulnerável a fatores socioambientais adversos. Evidências sugerem que fatores socioambientais, como trauma, estresse psicossocial, juntamente à predisposição genética, podem aumentar a suscetibilidade do indivíduo para o desenvolvimento de transtornos psiquiátricos. O impacto desses fatores parece ser mais pronunciado durante períodos críticos do desenvolvimento, como infância e adolescência, quando os interneurônios GABAérgicos contendo parvalbumina (PVI) ainda não atingiram seu estado "maduro", que ocorre apenas na idade adulta. Acredita-se que o estresse durante a infância e adolescência, ao contrário do estresse na idade adulta, cause perda funcional dos PVI no hipocampo ventral (vHip) e córtex pré-frontal (PFC), como observado em alguns transtornos psiquiátricos. Esse período de maior vulnerabilidade dos PVI ocorre até o final do período crítico de desenvolvimento, marcado pelo aparecimento das redes perineuronais (PNNs), uma matriz extracelular, ao redor dos PVI. As PNNs atuam como um "freio" molecular, promovendo a maturação dos PVI e limitando sua plasticidade, além de protegê-los de danos metabólicos e oxidativos. Acredita-se que a degradação das PNNs na idade adulta recrie um fenótipo tipo-adolescente de vulnerabilidade ao estresse. Outros "freios" moleculares também limitam a plasticidade dos PVI, como o Lynx1, um fator que modula a sinalização colinérgica e que possui papel fundamental na modulação de comportamentos relacionados à atenção na idade adulta. Este processo aparenta estar prejudicado em um modelo animal de Síndrome do X Frágil (Fmr1) devido à expressão reduzida de Lynx1. Nesse projeto, nosso objetivo é investigar o impacto do estresse em camundongos Lynx1 KO e Fmr1 KO, que, devido a ausência de "freios" moleculares, apresentam períodos críticos de plasticidade com duração estendida com animais adultos apresentando um fenótipo tipo juvenil. Nesse projeto nós testaremos a hipótese que, a falta ou expressão reduzida de Lynx1, um "freio" molecular que limita a plasticidade do PVI, levaria a uma formação anormal das PNNs e prejudicaria a maturação dos PVI, o que, por sua vez, aumentaria a suscetibilidade dos PVI ao impacto do estresse. (AU)

Matéria(s) publicada(s) na Agência FAPESP sobre a bolsa:
Mais itensMenos itens
Matéria(s) publicada(s) em Outras Mídias ( ):
Mais itensMenos itens
VEICULO: TITULO (DATA)
VEICULO: TITULO (DATA)