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Periodontite e doença de parkinson: condição crônica inflamatória no periodonto agrava a lesão parkinsoniana?

Processo: 22/02050-4
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 01 de agosto de 2022
Data de Término da vigência: 30 de junho de 2024
Área de conhecimento:Ciências da Saúde - Odontologia
Pesquisador responsável:Elaine Aparecida Del Bel Belluz Guimarães
Beneficiário:Gabrielle Jacob
Instituição Sede: Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (FORP). Universidade de São Paulo (USP). Ribeirão Preto , SP, Brasil
Assunto(s):Doença de Parkinson   Estresse oxidativo   Neuroinflamação   Periodontite   Fisiologia oral
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Doença de Parkinson | Estresse oxidativo | Neuroinflamação | Periodontite | Fisiologia Oral

Resumo

Mudanças no microbioma do trato gastrointestinal superior e inferior foram documentadas na doença de Parkinson. A microbiota oral é escassamente estudada neste contexto, apesar de seu papel fundamental na manutenção da saúde bucal e sistêmica e da evidência de que pacientes acometidos pela Doença de Parkinson apresentam maior prevalência de periodontite. Embora exista intercomunicação entre o microbioma periodontal e a resposta inflamatória do hospedeiro, ainda não se conhece relação de causalidade entre ambos. Apesar disso, existem evidências de interconexão entre a reação inflamatória induzida pela periodontite e sistema nervoso central e periférico. A hipótese deste estudo é que respostas imunológicas induzidas pela periodontite podem alterar a produção e liberação de citocinas inflamatórias, importantes desencadeadoras de reatividade glial no sistema nervoso e como consequência, a potenciação do processo degenerativo. Para testarmos esta hipótese, serão investigados em um modelo experimental de doença de Parkinson os efeitos da inflamação periodontal sustentada sobre susceptibilidade à lesão/neurodegeneração de neurônios dopaminérgicos e suas consequências. O ambiente pró-inflamatório favoreceria ainda o aumento das células gliais e a produção de espécies reativas ao oxigênio (EROs), este último acelerando a morte neuronal dopaminérgica neste modelo animal. Para induzir a doença periodontal em ratos, uma ligadura será colocada ao redor dos primeiros molares inferiores. Lesão neuronal dopaminérgica com a neurotoxina 6-hidroxidopamina microinjetada no feixe prosencefálico medial direito será usada para indução da doença de Parkinson. A perda óssea alveolar e a inflamação periodontal serão analisadas por meio de tomografia microcomputadorizada, análises histomorfométricas e imunohistoquímicas dos tecidos periodontais. A análise será realizada por imunohistoquímica da enzima tirosina hidroxilase, por marcadores das células da glia e por fluorometria de espécies reativas ao oxigênio. O efeito da periodontite sobre sinais motores parkinsonianos será investigado pelo teste da caminhada. A fim de avaliar o efeito da periodontite sobre o desenvolvimento da lesão parkinsoniana, está proposto o protocolo experimental de indução da periodontite 1 semana antes da indução da lesão parkinsoniana. A proposição sugerida da periodontite experimental como agravante para o desenvolvimento da lesão de Parkinson pode auxiliar a elucidar vários aspectos relacionados à inflamação periodontal e doenças neurodegenerativas.

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