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Relação entre a depressão induzida por estresse crônico moderado, o agravamento da Doença de Parkinson e seus aspectos inflamatórios

Processo: 22/07426-2
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 01 de novembro de 2022
Data de Término da vigência: 31 de outubro de 2023
Área de conhecimento:Ciências Biológicas - Farmacologia - Neuropsicofarmacologia
Pesquisador responsável:Ariadiny de Lima Caetano
Beneficiário:Sophia Ohf Campos
Instituição Sede: Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP). Fundação Arnaldo Vieira de Carvalho. São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Depressão   Inflamação   Doença de Parkinson
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:depressão | Inflamação | Parkinson | Neuropsicofarmacologia

Resumo

A depressão é uma doença caracterizada por perda de interesse e prazer em diversas atividades e acomete cerca de 5% dos adultos. Uma de suas causas parece ser pelo estresse, relacionado com a secreção exacerbada de glicocorticóides e do aumento de estresse oxidativo. Além disso, quando o estresse está presente no início da vida, pode potencialmente deixar sequelas de longo prazo e impactar na qualidade de vida do indivíduo. Isso consequentemente pode gerar maior vulnerabilidade desses indivíduos ao desenvolvimento de distúrbios metabólicos, neuropsiquiátricos e neurodegenerativos. Já a Doença de Parkinson (DP) é ocasionada pela morte de neurônios dopaminérgicos na via nigroestriatal e resulta em deficiência de dopamina na Substância Negra parte compacta. Infelizmente, é diagnosticada apenas na fase mais tardia, quando os tremores corporais ocorrem. Entretanto, como a neurodegeneração inicia anos antes dos sintomas motores, é muito comum que esses indivíduos possam apresentar indícios não motores, como a depressão.Em relação à neurodegeneração inicial, é curioso notar que a depressão está presente na fase pré-clínica da DP em 40 a 50% dos casos. Mesmo assim, pouco se sabe sobre a correlação bioquímica entre as duas enfermidades, porém estudos mostram majoritariedade na sensibilização da microglia. Essa sensibilização, que ativa uma cascata inflamatória que gera lesão neuronal, está presente no envelhecimento, fase em que a DP é diagnosticada.Com a vasta presença de sintomas neuropsiquiátricos anos antes do diagnóstico da DP, percebe-se que a depressão pode ter contribuído com condições neuro-inflamatórias para que a perda de neurônios dopaminérgicos ocorresse. Além disso, como 95% dos casos de DP são de causa ambiental, e que com o envelhecimento populacional espera-se um aumento de casos de DP, é imprescindível entender como o estresse participa da neurodegeneração do cérebro, para então compreender como o estresse de início de vida se relaciona com a síntese da dopamina na substância negra na vida adulta. Esta informação poderia elucidar possíveis grupos de risco para DP e contribuir na luta contra a doença.

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