Estudo da modulação autonômica - simpática e parassimpática: na Periodontite crônica, por meio da variabilidade da frequência cardíaca

• Processo: 22/05983-1
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado Direto
• Data de Início da vigência: 01 de setembro de 2022
• Data de Término da vigência: 30 de abril de 2026
• Área de conhecimento: Ciências da Saúde - Odontologia - Periodontia
• Pesquisador responsável: Michel Reis Messora
• Beneficiário: Juliane Gonçalves da Fonseca
• Instituição Sede: Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (FORP). Universidade de São Paulo (USP). Ribeirão Preto , SP, Brasil
• Vinculado ao auxílio: 20/06043-7 - Modulação autonômica (simpática e parassimpática) das respostas inflamatórias e cardiocirculatórias em situações fisiopatológicas clínicas e experimentais, AP.TEM
• Assunto(s): Periodontite crônica Inflamação Citocinas Hipertensão Eletrofisiologia cardíaca Modulação autonômica cardíaca Variabilidade da frequência cardíaca
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: citocinas | Eletrofisiologia cardíaca | hipertensão | Inflamação | Periodontite | Periodontia

Resumo

A Periodontite é uma doença inflamatória e infecciosa que afeta 30%-60% da população global. Além das características de inflamação local, a periodontite pode afetar outros órgãos e tecidos distantes da cavidade bucal devido ao seu impacto inflamatório sistêmico, estando associada a disfunções vasculares, hipertensão arterial e doenças inflamatórias intestinais, dentre outras. A Variabilidade da Frequência Cardíaca (VFC) é uma ferramenta valiosa para o estudo da modulação neuro-humoral do coração, com implicações na predição de morbi- mortalidade em diversas doenças, inclusive inflamatórias, como a Periodontite crônica. Entretanto, até o momento, a VFC ainda não foi avaliada em pacientes com Periodontite Crônica como ferramenta preditiva do comprometimento sistêmico e do agravamento desta doença. Assim, o objetivo deste estudo é examinar a VFC em pacientes com Periodontite Crônica por meio do registro eletrocardiográfico, a fim de se determinar um possível desbalanço autonômico (Simpatovagal) associado, ou não, a alterações de pressão arterial e citocinas pró- e anti-inflamatórias. Serão convidados deste estudo sujeitos portadores de Periodontite crônica de moderada a severa, determinada pela presença de e2 sítios interproximais em dentes diferentes com Nível de Inserção Clínica (NIC) e 4 mm e e 1 sítio com profundidade de sondagem (P.S.) e 5 mm. Os participantes serão recrutados na Clínica de Periodontia da Faculdade de Odontologia de Bauru - USP, e serão examinados periodontalmente quanto às medidas de P.S., recessão gengival, hiperplasia gengival, NIC, Índice de Sangramento Gengival (ISG) e índice de placa (IPl) de boca toda. O nível ósseo interproximal será determinado em imagens de radiografia panorâmica. O grupo controle será formado por indivíduos sem Periodontite crônica, selecionados a partir do Setor de Triagem da FOB-USP, pareados de acordo com o gênero e a idade. Os participantes serão submetidos aos registros não invasivos eletrocardiográficos (Holter) e da pressão arterial (esfigmomanometria). Serão coletados por meio de puncionamento da veia periférica 1mL de sangue para dosagem de citocinas plasmáticas pró- (IL-1a, IL-1b, TNF-a, IL-6 e IL-17) e anti-inflamatórias (IL-10), além da proteína C reativa. Ao final do protocolo os pacientes serão submetidos ao estudo da função cardíaca, por meio da Ecocardiografia, assim como da atividade simpática cardíaca, por meio da técnica de cintilografia da inervação simpática utilizando-se o [123 I] meta-iodobenzylguanidine (MIBG). Os dados serão comparados entre os grupos por meio de testes paramétricos (teste t) para as medidas lineares, e não paramétricos (Kruskal Wallis) para medidas não lineares. A associação entre parâmetros periodontais, cardíacos e níveis de citocinas plasmáticas serão analisados por testes Chi-Quadrado e Exato de Fischer, adotando-se, em todos os testes, nível de significância de 5%. (AU)