A mulher não souspiora pelo um: uma crítica à filosofia a partir da sexualidade no ensino de J. Lacan

• Processo: 22/00120-5
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado
• Data de Início da vigência: 01 de dezembro de 2022
• Situação: Interrompido
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Filosofia
• Pesquisador responsável: Daniel Omar Perez
• Beneficiário: Izabela Loner Santana
• Instituição Sede: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
• Bolsa(s) vinculada(s): 24/17408-7 - Uma avaliação contextual da concepção de linguagem de J. Lacan nos anos 1960, BE.EP.DR
• Assunto(s): Filosofia da psicanálise Jacques Lacan Sexualidade
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Filosofia da Psicanálise | Jacques Lacan | lógica não-toda fálica | Sexualidade | Filosofia da Psicanálise

Resumo

A presente pesquisa tem como objetivo considerar as consequências filosóficas da lógica não-toda fálica investigada e apresentada por Jacques Lacan na segunda década de seu ensino (1964-1973) culminando, nos seminários dos anos de 1970 a 1973, nas fórmulas e na tábua da sexuação. Tal objetivo apresenta-se tanto pelo constante diálogo que o psicanalista estabelece com a filosofia em suas investigações sobre a sexualidade e sobre o real, quanto pela defesa lacaniana de que a lógica fálica, da qual o ser falante participa e performa frente à castração e à inconsistência da linguagem, expressa-se também no discurso e no saber filosóficos, o que nos desafia a pensar, entre outras questões, quais as consequências da consideração de uma lógica não-toda fálica à filosofia. Para tanto, recorreremos e nos posicionaremos no debate empreendido por Alain Badiou e Barbara Cassin sobre os efeitos filosóficos da teoria da sexualidade de Lacan, em que se discute se o não-todo leva a uma antifilosofia ou a uma logologia, isto é, se possibilita, respectivamente, uma renovação crítica do campo filosófico a partir de uma lógica não pautada nos princípios de identidade e de não-contradição ou se denuncia o limite e a inconsistência de tal discurso, inserindo novas formas de lidar e discursar sobre os objetos até então considerados filosóficos.