Bolsa 21/14736-5 - Brasil, Povos indígenas - BV FAPESP
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"Terra é mãe e mãe a gente não negocia": conflitos ontológicos ao redor dos direitos indígenas no Brasil

Processo: 21/14736-5
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de janeiro de 2023
Data de Término da vigência: 30 de setembro de 2026
Área de conhecimento:Interdisciplinar
Pesquisador responsável:Artionka Manuela Goes Capiberibe
Beneficiário:Marina Albuquerque Regina de Mattos Vieira
Instituição Sede: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Assunto(s):Brasil   Povos indígenas
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Brasil | Movimento Indígena | ontologia política | Povos Indígenas | Ciência Política e Antropologia Política

Resumo

Desde as primeiras invasões portuguesas, povos indígenas estão em permanente reinvenção de estratégias de luta numa forçada interação com o Estado. A partir da década de 1970, começou a se configurar no Brasil um movimento indígena no âmbito nacional, em paralelo a um movimento internacional pela criação de marcos normativos sobre os direitos dos povos indígenas. Apesar dos avanços políticos e normativos, a interpretação e a aplicação dos direitos indígenas continua em disputa entre Estado e povos indígenas, refletindo conflitos ontológicos que ameaçam a existência dos últimos. Nesse processo de interação entre diferentes formas de fazer política, novas práticas e narrativas são criadas, podendo gerar condições favoráveis para o movimento indígena subverter o discurso hegemônico. Neste projeto de pesquisa, proponho o enfoque analítico da ontologia política (Hay 2006) para discutir como é produzida uma nova realidade política resultante da interação entre o movimento indígena e o Estado brasileiro. Realizarei pesquisa etnográfica em relevantes fóruns políticos e normativos em nível regional (Amazônia), nacional e internacional, por meio de entrevistas com interlocutores-chave do movimento indígena, apoiadores e representantes do Estado brasileiro, tendo como centro de atenção as equivocações controladas (Viveiros de Castro 2004) e os enquadramentos estratégicos (Snow et al. 1986) dos discursos indígenas na reivindicação de seus direitos.

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