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Um gesto vale mais que mil palavras?: confiança seletiva em crianças pequenas

Processo: 22/12940-7
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 01 de fevereiro de 2023
Data de Término da vigência: 31 de janeiro de 2024
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Psicologia - Psicologia do Desenvolvimento Humano
Pesquisador responsável:Débora de Hollanda Souza
Beneficiário:Luana Barretto Borges
Instituição Sede: Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH). Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). São Carlos , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:14/50909-8 - INCT 2014: Comportamento, Cognição e Ensino (INCT-ECCE): aprendizagem relacional e funcionamento simbólico, AP.TEM
Assunto(s):Confiança   Crianças
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Confiança | Confiança Seletiva | crianças | inconsistência de informantes | Confiança Seletiva

Resumo

Ao contrário da crença popular de que as crianças acreditam em tudo que ouvem, evidências recentes sugerem que, desde muito cedo, crianças são consumidoras críticas de informação, ou seja, elas são capazes de discriminar bons e maus informantes em situações novas de aprendizagem. Esta habilidade é convencionalmente chamada de "confiança seletiva" ou "confiança epistêmica" na Psicologia do Desenvolvimento. Vários estudos têm demonstrado que as crianças, de fato, levam em consideração características e o histórico do informante para decidir em quem confiar quando precisam aprender algo novo. Entretanto, ainda há poucas pesquisas que investigam os possíveis efeitos da percepção da inconsistência entre o comportamento e o discurso do informante. Em diferentes contextos, um adulto pode se comportar de forma diferente daquela recomendada por ele ("Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço"). Deste modo, o objetivo do presente estudo é testar, por intermédio de uma tarefa de confiança seletiva, se crianças de 7 a 10 anos avaliam diferencialmente inconsistências entre discurso e comportamento no momento de escolher em quem confiar em situações novas de aprendizagem. Mais especificamente, os participantes serão expostos a dois tipos de informantes que são sempre inconsistentes: um sempre dá bons conselhos, mas se comporta mal (e.g., dizer ao amigo que ele precisa compartilhar seu chocolate com os amigos, mas no dia seguinte, ele se recusa a dar um pedaço do seu para um deles); enquanto o outro sempre dá maus conselhos, mas se comporta bem (e.g., dizer ao amigo que ele não precisa compartilhar o chocolate, mas no dia seguinte, divide o seu com o amigo). Em uma fase teste (4 tentativas), esses dois potenciais informantes oferecerão sugestões distintas sobre como ganhar em jogos novos (e.g., um dos informantes diz que você não pode apertar o botão amarelo do jogo dos botões enquanto o outro diz que você não pode apertar o botão vermelho). A criança é então solicitada a escolher entre uma das duas sugestões em cada tentativa teste/ jogo. Pretende-se avaliar, portanto, se as crianças demonstram uma preferência pelos gestos (i.e., como o informante se comporta na fase de familiarização) ou pelas palavras (i.e., conselhos) de um potencial informante. Um segundo objetivo é investigar se há diferenças entre dois grupos de idade no desempenho desta tarefa: entre crianças de 7 a 8 anos e de 9 a 10 anos. Espera-se assim contribuir para o avanço dessa linha de investigação promissora sobre o desenvolvimento da confiança epistêmica em crianças.

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