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Relação da microbiota com a ativação do sistema imunológico no desenvolvimento da uveíte autoimune.

Processo: 22/01362-2
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de abril de 2023
Situação:Interrompido
Área de conhecimento:Ciências da Saúde - Saúde Coletiva - Saúde Pública
Pesquisador responsável:Luiz Vicente Rizzo
Beneficiário:Danielle Dias Munhoz
Instituição Sede: Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein (IIEPAE). Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein (SBIBAE). São Paulo , SP, Brasil
Bolsa(s) vinculada(s):24/06803-2 - Análise de microbiota intestinal na uveíte autoimune: investigando gatilhos imunológicos, BE.EP.PD
Assunto(s):Cegueira   Doenças autoimunes   Microbiota
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Cegueira | doenca autoimune | Microbiota | Doença autoimune

Resumo

A uveíte autoimune é uma inflamação intraocular conduzida por células T que afeta a neurorretina causando lesões oculares graves e cegueira. O olho possui privilégio imunológico dado por moléculas anti-inflamatórias do meio que cercam seus componentes e pela Barreira Hemato-retiniana (BRB), o que mantêm os antígenos oculares exclusivos e alvos de células T efetoras na uveíte restritos ao órgão e separados do sistema imune. Por conta desta restrição imunológica, a uveíte representa um paradoxo, no qual células T específicas para antígenos da retina devem ser previamente ativadas para serem capazes de cruzar a BRB e desencadear o processo inflamatório, levantando a questão fundamental de como e onde essas células são ativadas adquirindo a capacidade de induzir a doença. Dados sugerem que a peptídeos bacterianos da microbiota possam mimetizar o antígeno retiniano, levando à ativação do sistema imunológico através do receptor de células T específico e, então, ao desencadeamento da doença. Análises de bioinformática identificaram peptídeos bacterianos com significativa homologia à Proteína ligante de retinóide entre fotorreceptor (IRBP), um dos principais antígenos alvo da uveíte, o que pode indicar uma importante relação entre componentes da microbiota com o desenvolvimento da doença. Além de supostamente servir como gatilho, a microbiota também pode atuar como um adjuvante fornecendo sinais que amplifiquem e direcionem a resposta imune à autopatogenicidade. Desta forma, este projeto visa investigar a relação de componentes da microbiota com a ativação do sistema imune e o desenvolvimento da uveíte autoimune. Assim, será realizada a colonização do modelo animal com bactérias nocauteadas em alvos que supostamente mimetizem IRBP, a fim de identificar os microrganismos e antígenos microbianos que desencadeiam a doença, o que teria implicações de longo alcance na melhor compreensão do desenvolvimento da doença, além de poder auxiliar seu no diagnóstico e terapia.

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