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Avaliação da co-encapsulação de curcumina e nanopartículas poliméricas contendo mesalazina em micropartículas de amido retrogradado destinadas à liberação cólon-específica

Processo: 21/02871-5
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Doutorado
Vigência (Início): 01 de agosto de 2023
Vigência (Término): 25 de novembro de 2025
Área do conhecimento:Ciências da Saúde - Farmácia - Farmacotecnia
Pesquisador responsável:Marlus Chorilli
Beneficiário:Amanda Letícia Polli Silvestre
Instituição Sede: Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCFAR). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Araraquara. Araraquara , SP, Brasil
Bolsa(s) vinculada(s):23/13044-8 - Avaliação da atividade anti-inflamatória de nanopartículas mucoadesivas de alginato de sódio e quitosana contendo mesalazina em modelo 3D de inflamação intestinal multicamadas, BE.EP.DR
Assunto(s):Tecnologia farmacêutica   Microencapsulação   Curcumina   Nanopartículas poliméricas   Mesalamina   Amido
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Co-encapsulação | curcumina | Liberação cólon-específica | mesalazina | Microencapsulação | nanopartículas poliméricas | Tecnologia Farmacêutica

Resumo

As doenças inflamatórias intestinais (DII) são inflamações crônicas caracterizadas por ulcerações e hemorragia na mucosa do trato gastrintestinal (TGI), principalmente na região colônica. Não possuem uma causa bem estabelecida, porém fatores genéticos, imunológicos e ambientais podem gerar maior susceptibilidade para essa doença. As DII são caracterizadas por períodos de remissão e recidivas e causam vários sintomas desconfortáveis e dor ao paciente, podendo acarretar quadros clínicos mais graves e maior probabilidade para o desenvolvimento de câncer colorretal. O fármaco de primeira escolha para o tratamento das DII de leve à moderada é a mesalazina (MLZ), um anti-inflamatório pertencente à classe dos aminosalicilatos. Apesar de apresentar mecanismo de ação diferente, a curcumina (CUR), molécula natural derivada da planta Curcuma longa, possui propriedade anti-inflamatória bem conhecida e vem sendo muito estudada para o tratamento das DII e como possível estratégia no tratamento sinérgico para liberação cólon-específica. No entanto, a CUR e MLZ apresentam limitações, como por exemplo a baixa solubilidade e biodisponibilidade da CUR, inativação da MLZ após absorção nas porções superiores do TGI, de maneira que uma parte do fármaco não alcance a região colônica, impactando no efeito terapêutico. Diante disso, várias estratégias têm sido consideradas para vetorizar fármacos para o cólon, como a utilização de pró-fármacos, o desenvolvimento de sistemas pH e/ou tempo-dependentes, bem como aqueles ativados pela microbiota colônica. Entre as abordagens reportadas, o desenvolvimento de sistemas ativados pela microbiota colônica tem sido a estratégia mais confiável para liberar fármacos no cólon acometido. Um exemplo de material que sofre digestão específica pelas enzimas da microbiota colônica é o amido retrogradado (AR), um amido modificado que escapa da digestão nas porções superiores do TGI, sendo digerido somente ao alcançar o cólon, razão pela qual pode ser considerado uma excelente estratégia para o desenvolvimento de carreadores para liberação cólon-específica. Nesse sentido, o co-encapsulamento de CUR e nanopartículas poliméricas (NPs) contendo MLZ em micropartículas (MP) de AR mostra-se uma estratégia mais relevante e segura para o tratamento local das DII. Acrescenta-se a isso, que a utilização de sistemas micro/nanoestruturados trazem a proteção contra ação enzimática, luz e pH para suprir as limitações dos fármacos e potencializar o efeito terapêutico O presente trabalho tem como objetivo a avaliação da co-encapsulação de CUR e NPs de quitosana (QS) e alginato de sódio (AS) contendo MLZ em MP de AR destinadas à liberação cólon-específica. As NPs e MPs serão caracterizadas quanto ao tamanho, polidispersidade, potencial zeta e forma por microscopia eletrônica de varredura. Serão validadas metodologias analíticas para quantificação e determinação da eficiência de encapsulação da CUR e MLZ nos sistemas nano e microestruturados, os quais também serão avaliados quanto ao perfil térmico por calorimetria exploratória diferencial e termogravimetria. O sistema final (MP_AR/P-CUR/NPs_MLZ) será submetido a estudos de liberação in vitro e ensaios biológicos in vitro e in vivo com o intuito de comprovar a performance e eficácia do sistema proposto. Espera-se, desta forma, obter um sistema que proporcione estabilidade para os fármacos e que permita a vetorização da liberação de CUR e NPs_MLZ no cólon acometido, a fim de oferecer uma terapia sinérgica e mais efetiva para os pacientes acometidos pela DII, contribuindo também para prevenir as recidivas e o risco de câncer colorretal. (AU)

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