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LITERATURA - FILOSOFIA DA DEVORAÇÃO um estudo sobre o devir-animal e a incorporação do outro na ficção literária brasileira a partir do perspectivismo ameríndio

Processo: 23/07239-0
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Mestrado
Data de Início da vigência: 01 de outubro de 2023
Data de Término da vigência: 30 de setembro de 2025
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Filosofia
Pesquisador responsável:Henry Martin Burnett Junior
Beneficiário:Ana Beatriz Santos Oliveira
Instituição Sede: Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (EFLCH). Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Campus Guarulhos. Guarulhos , SP, Brasil
Assunto(s):Literatura brasileira   Perspectivismo
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Devir-animal | Literatura Brasileira | Perspectivismo | Viveiros de Castro | Filosofia e literatura

Resumo

É a partir da ideia segundo a qual o romance possui um estatuto antropológico-especulativo que constitui o universo literário, como propõe Alexandre Nodari num resgate à Juan J. Saer, que tomaremos como ferramenta de pesquisa e ponto de partida filosófico dois textos nos quais se pretende delinear uma diferença qualitativa acerca dos respectivos processos de incorporação do outro - isto é, a transformação do personagem humano em onça em duas obras. É na análise comparativa do fenômeno presente no conto "Meu tio o Iauaretê", de Guimarães Rosa, e em um dos capítulos do romance "Torto Arado", de Itamar Vieira Júnior, que haverão de ser observadas as implicações ontológicas da relação inter-espécie, compreendida conforme o conceito de devir-animal como proposto por Deleuze e Guattari. Nisto, também cabe colocar em questão quais as implicações da linguagem no devir que compete ao plano da literatura, partindo de uma elaboração acerca do estatuto do personagem enquanto constituição de um ponto de vista na obra. O ponto de vista literariamente constituído será tomado como sendo o elemento que dá forma (e se apresenta como condicionante) à uma posição sujeito no interior da dimensão ficcional - território onde essa unidade mítica pressupõe uma individualidade demarcada pelos limites do corpo (sempre pressuposto) que constitui parte do processo xamânico de agenciamento, isto é, de ativação desse corpo ao passo que uma perspectiva outra é incorporada. A partir da obra de Viveiros de Castro, o perspectivismo ameríndio se apresentará como teoria motriz para o entendimento das possibilidades de outramento - como devoração - na literatura, compreendendo a pressuposição do corpo do personagem como sendo um envoltório variável em relação ao(s) ponto(s) de vista, ou perspectiva(s), capaz(es) de agenciá-lo(s) e criar posições-sujeito a partir das zonas de vizinhança próprias ao exercício ficcional.

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