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Favela incorporada: o controle da terra e a promoção de empreendimentos imobiliários pela milícia na cidade do Rio de Janeiro

Processo: 23/08544-1
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Mestrado
Data de Início da vigência: 01 de dezembro de 2023
Data de Término da vigência: 31 de maio de 2025
Área de conhecimento:Ciências Sociais Aplicadas - Planejamento Urbano e Regional - Fundamentos do Planejamento Urbano e Regional
Pesquisador responsável:Maria Beatriz Cruz Rufino
Beneficiário:Kamir Freire Gemal
Instituição Sede: Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Habitação popular   Incorporação   Produção imobiliária
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:habitação popular | imobiliário | incorporação | Milícia | Produção imobiliária

Resumo

Esta pesquisa debruça-se sobre a produção imobiliária promovida pela milícia do Rio de Janeiro, em especial nas favelas do Rio das Pedras, Muzema, Tijuquinha e arredores, na Zona Oeste da cidade, dada sua crescente expressividade em volume construído, em agravamento de insegurança e vulnerabilidade que representa a seus moradores e enquanto medida do aprimoramento do controle territorial - e produção imediata do espaço urbano - por estes grupos armados. Tendo emergido também de um controle das transações de imóveis, a construção de empreendimentos próprios pela milícia representa mais um avanço na lógica de dominação do território e na captura de renda sobre as famílias que vivem nestas áreas. Assim, o conjunto de práticas, fins políticos e econômicos, valores e narrativas próprias que sustentam essa produção específica do imobiliário que constituem um dito urbanismo miliciano, como chamam Benmergui e Gonçalvez (2019), a sustentam e a orientam sob a lógica de circulação e reprodução de capitais. Esta, enquanto "produção avançada", pressupõe condições específicas para sua viabilização em termos análogos aos que acompanham a transfiguração do circuito secundário de Lefebvre ([1970] 2002), de fronteira à lócus privilegiado de acumulação capitalista. Este trabalho pretende analisar os empreendimentos milicianos e, neste esforço, espera-se identificar e discutir estratégias, condições e soluções particulares desta forma de produção do ambiente construído própria a este grupo, sistematizando-as frente à produção voltada para o mercado formal, com suas forças ora limitadas por estarem excluídas de benefícios dos quais goza o mercado capitalista regulamentado, ora liberadas das amarras normativas que ancoram a produção formal.

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