Análise da expressão dos transportadores glutamatérgicos astrocitários eaat1 e eaat2 no hipocampo de pacientes com epilepsia do lobo temporal acometidos ou não por depressão

• Processo: 23/13600-8
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
• Data de Início da vigência: 01 de dezembro de 2023
• Data de Término da vigência: 30 de novembro de 2025
• Área de conhecimento: Ciências da Saúde - Medicina
• Pesquisador responsável: José Eduardo Peixoto Santos
• Beneficiário: Lucas Gabriel Souza Silva
• Instituição Sede: Escola Paulista de Medicina (EPM). Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Campus São Paulo. São Paulo , SP, Brasil
• Assunto(s): Astrócitos Depressão Epilepsia Glutamatos Neurologia
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: astrócitos | depressão | epilepsia | glutamato | hiperexcitabilidade sináptica | Neurologia

Resumo

A epilepsia é uma doença neurológica caracterizada por episódios convulsivos nos quais ocorrem contrações musculares involuntárias, percepções visuais ou auditivas anormais, alterações transitórias da memória, dentre outros. Essa enfermidade possui prevalência significativa não somente no Brasil, mas também ao redor do mundo, em especial nos países em desenvolvimento, diminuindo a qualidade de vida dos acometidos e gerando custos aos sistemas de saúde. Além do impacto negativo que a epilepsia traz à vida dos enfermos, muitas vezes soma-se a ela outras comorbidades psiquiátricas que têm prevalência aumentada nesses pacientes como psicose, ansiedade e, sobretudo, depressão. Vários estudos sugerem que depressão e epilepsia de lobo temporal possuem fisiopatologia semelhante com envolvimento comum de projeções do hipocampo, amígdala e projeções de longo alcance de lobo frontal. Os transtornos depressivos, assim como a epilepsia, possuem grande prevalência e geram grandes repercussões na saúde geral do indivíduo. Essa doença é caracterizada por um estado deprimido na maior parte do tempo, sensação de culpa e inutilidade, prazer ausente ou diminuído em atividades que antes eram prazerosas e, até mesmo, ideias suicidas. Estudos afirmam que essa enfermidade atinge por volta de 5,8% da população brasileira, sendo as mulheres as principais acometidas. De forma fisiológica, os astrócitos, células gliais que envolvem as sinapses neuronais, desempenham papel fundamental no controle do glutamato, o principal neurotransmissor excitatório do sistema nervoso central (SNC). Esse controle se dá por meio do clearance do glutamato por meio dos transportadores astrocitários que o removem do espaço extracelular, facilitando sua conversão em glutamina através da enzima glutamina sintetase (GS). Pesquisas demonstram que falhas nesse mecanismo podem favorecer um ambiente de hiperexcitabilidade na fenda sináptica, o que está relacionado ao desencadeamento das crises convulsivas e dos sintomas depressivos.