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Febre recorrente transmitida por carrapatos no Brasil: estudos a partir do isolado brasileiro "Candidatus Borrelia caatinga" para cultivo in vitro, genoma bacteriano e dinâmica da infecção no carrapato vetor Ornithodoros cf. tabajara.

Processo: 23/10324-0
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Programa Fixação de Jovens Doutores
Data de Início da vigência: 01 de agosto de 2023
Data de Término da vigência: 30 de junho de 2025
Área de conhecimento:Ciências Agrárias - Medicina Veterinária - Medicina Veterinária Preventiva
Acordo de Cooperação: CNPq
Pesquisador responsável:Marcelo Bahia Labruna
Beneficiário:Glauber Meneses Barboza de Oliveira
Instituição Sede: Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:23/01355-9 - Febre recorrente transmitida por carrapatos no Brasil: estudos a partir do isolado brasileiro "Candidatus Borrelia caatinga" para cultivo in vitro, genoma bacteriano e dinâmica da infecção no carrapato vetor Ornithodoros cf. tabajara., AP.R
Assunto(s):Argasidae
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Argasidae | Borreliose | competência vetorial | Experimental infection | transmissão transovariana | Parasitologia e Microbiologia

Resumo

Os carrapatos argasídeos podem transmitir microorganismos a seus hospedeiros vertebrados, que incluem o homem. Mais especificamente, algumas espécies de Ornithodoros antropofílicos transmitem espiroquetas do gênero Borrelia, as quais são agentes causadores da febre recorrente transmitida por carrapatos. Na América do Sul, duas espécies deste grupo foram descritas na primeira metade do século XX. Dentre elas, a Borrelia venezuelensis, associada ao carrapato Ornithodoros rudis, provocou surtos de febre recorrente na Colômbia e na Venezuela. No presente século, B. venezuelensis foi isolada de O. rudis do estado do Maranhão, sendo este isolado designado como B. venezuelensis RMA01, o qual foi cultivado in vitro e o seu genoma sequenciado. O isolado de B. venezuelensis RMA01 constituía o único representante de uma Borrelia do grupo da febre recorrente transmitida por Ornithodoros na América do Sul, até que esforços recentes levaram ao isolamento animal de uma nova espiroqueta denominada "Candidatus Borrelia caatinga" a partir de Ornithodoros cf. tabajara do estado de Pernambuco. Apesar das recentes descobertas e avanços, a infecção humana por Borrelia do grupo da febre recorrente no Brasil continua sem relatos, possivelmente por ser uma doença negligenciada e subdiagnosticada. Uma vez que várias espécies de Ornithodoros são parasitas de humanos no Brasil, tornam-se essenciais estudos sobre a competência vetorial e avaliação da dinâmica da infecção, sendo também importantes o cultivo in vitro e determinação do genoma das espécies de Borrelia spp. que ocorrem no país. Fundamentado nisso, o presente estudo tem como objetivo expandir o conhecimento da epidemiologia da febre recorrente utilizando infecções experimentais em laboratório, isolamento in vitro e determinação do genoma de um isolado brasileiro de Borrelia do grupo da febre recorrente. Para tal, as infecções experimentais consistirão em avaliar e quantificar a perpetuação transestadial e transmissão transovariana de "Candidatus Borrelia caatinga" em carrapatos Ornithodoros cf. tabajara e avaliar a competência vetorial dos diferentes estágios parasitários do ciclo de vida deste carrapato, utilizando-se a cobaia (Cavia porcellus) como modelo animal. A partir de amostras criopreservadas de sangue de cobaias infectadas com "Candidatus Borrelia caatinga", será efetuado o cultivo in vitro deste agente em meio axênico (BSK modificado: mBSK) e a partir daí, será sequenciado o genoma completo desta bactéria, para sua posterior descrição e publicação como espécie válida para o Brasil.

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