Estudo químico da actinobactéria Streptomyces sp. CM17 associada à abelha sem ferrão Melipona scutellaris

• Processo: 24/06881-3
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
• Data de Início da vigência: 01 de julho de 2024
• Data de Término da vigência: 30 de junho de 2025
• Área de conhecimento: Ciências Exatas e da Terra - Química - Química Orgânica
• Pesquisador responsável: Mônica Tallarico Pupo
• Beneficiário: Isabelle Cristine Genari
• Instituição Sede: Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP). Universidade de São Paulo (USP). Ribeirão Preto , SP, Brasil
• Vinculado ao auxílio: 13/07600-3 - CIBFar - Centro de Inovação em Biodiversidade e Fármacos, AP.CEPID
• Assunto(s): Abelhas-sem-ferrão Actinobacteria Anti-infecciosos Micro-organismos Produtos naturais
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: abelhas sem ferrão | actinobactéria | Antimicrobianos | microrganismos | Produtos Naturais | Produtos naturais

Resumo

Os produtos naturais, provenientes de plantas, organismos marinhos e microrganismos, são fundamentais para o desenvolvimento de novos fármacos. Estima-se que aproximadamente metade dos fármacos comercializados tenham origem em produtos naturais. Os microrganismos são fontes importantes na descoberta de novos fármacos, com potencial antimicrobiano, antitumoral, entre outros. Além disso, esses metabólitos microbianos podem desempenhar papéis importantes na comunicação ambiental e em relações simbióticas, como no caso dos insetos, onde microrganismos podem oferecer defesa contra patógenos e auxílio na nutrição. Estudos recentes destacam a importância das abelhas sem ferrão e suas relações simbióticas com microrganismos, tanto do ponto de vista ecológico quanto econômico. A análise de compostos produzidos por microrganismos associados a essas abelhas revelou potenciais terapêuticos contra patógenos humanos e de abelhas. No entanto, ainda há uma lacuna de conhecimento nesse campo, o que ressalta a importância de mais pesquisas nessa área. O Laboratório de Química de Microrganismos (LQMo-FCFRP-USP), coordenado pela Profa. Dra. Mônica T. Pupo, tem sido pioneiro nesses estudos, identificando novos compostos com potencial bioativo. Essas descobertas reforçam a relevância da investigação das relações simbióticas entre insetos e microrganismos, especialmente no contexto da ecologia química e, também, permitem inferir um potencial biotecnológico e farmacológico desses microrganismos associados às abelhas sem ferrão como fonte de novos compostos ativos. A linhagem Streptomyces sp. CM17, isolada da abelha sem ferrão Melipona scutellaris, apresentou resultados muito promissores com atividade inibitória frente ao patógeno de abelhas melíferas Paenibacillus larvae, contra o entomopatógeno Beauveria bassiana e contra o patógeno humano Staphylococcus aereus. Além disso, análises químicas preliminares sugerem a presença de compostos novos e bioativos. Por isso, o objetivo deste trabalho será o cultivo em escala ampliada da linhagem Streptomyces sp. CM17 para o isolamento de compostos, seguido da elucidação estrutural e determinação da concentração inibitória mínima dos mesmos.