Como os Sauropoda se tornaram os maiores herbívoros da Terra? A transição entre a dieta faunívora e herbívora nos Sauropodomorpha através da Análise de Elementos Finitos

• Processo: 23/08493-8
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado
• Data de Início da vigência: 01 de julho de 2024
• Data de Término da vigência: 30 de junho de 2028
• Área de conhecimento: Ciências Biológicas - Zoologia - Paleozoologia
• Pesquisador responsável: Felipe Chinaglia Montefeltro
• Beneficiário: Gabriel Gonzalez Barbosa
• Instituição Sede: Faculdade de Engenharia (FEIS). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Ilha Solteira. Ilha Solteira , SP, Brasil
• Assunto(s): Método dos elementos finitos Hábitos alimentares Sauropodomorpha Triássico
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: análise de elementos finitos | hábitos alimentares | Reconstrução de Força de Mordida | Sauropoda | Sauropodomorpha | Triassico | Biomecânica de Sauropodomorpha

Resumo

Dentre as grandes questões da paleontologia está a evolução dos dinossauros sauropodomorfos (Dinosauria, Sauropodomorpha) e como eles se tornaram os maiores herbívoros a ocuparem a Terra. O clado foi muito diverso e com ampla distribuição geográfica, conquistando todos os continentes durante o Mesozoico, sendo que seu os integrantes do subgrupo Sauropoda se tornaram os maiores seres terrestres conhecidos. Os Sauropodomorpha contêm espécies faunívoras e onívoras dentre seus representantes mais antigos do Triássico Superior. No entanto, a evolução do grupo culminou em uma dieta exclusivamente herbívora, e esta transição ocorreu concomitantemente com o aumento do tamanho e da massa corporal destes táxons. Apesar deste destaque, o tópico vem sendo pouco explorado, baseando as conclusões em poucos dados quantitativos, como as de investigações e modelagens biomecânicas. Em busca de informações que possam elucidar o entendimento da evolução da dieta herbívora dos Sauropodomorpha, este projeto utilizará uma combinação de técnicas biomecânicas (Reconstrução de Força de Mordida e Análise de Elementos Finitos) em crânios e mandíbulas de sauropodomorfos oriundos dos momentos iniciais da evolução do grupo e que possuíam preferências alimentares distintas. Estas duas técnicas, quando combinadas, são extremamente importantes na simulação de aspectos biomecânicos em fósseis, pois conseguem respostas confiáveis do desempenho dos crânios in sílico. Desta forma, este estudo visa compreender pela primeira vez como ocorreu a evolução da dieta herbívora em Sauropodomorpha, focando nos primeiros passos desta transição utilizando como base o excepcional registro fóssil Triássico do Sul do Brasil.