Articulação entre patrimônio, memória e espiritualidade na construção musical dos lugares: os casos do batuque de Umbigada Paulista e do Chamamé Correntino

• Processo: 24/06953-4
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
• Data de Início da vigência: 01 de outubro de 2024
• Data de Término da vigência: 30 de setembro de 2026
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Geografia - Geografia Humana
• Pesquisador responsável: Eduardo José Marandola Junior
• Beneficiário: Agustín Arosteguy
• Instituição Sede: Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Limeira , SP, Brasil
• Assunto(s): Música Espiritualidade Patrimônio Memória coletiva São Paulo Argentina Comportamento ritualístico
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Construção musical dos lugares | Espiritualidade | Geografia da Música | Memória coletiva e individual | patrimônio | Geografia da música

Resumo

O projeto propõe abordar duas manifestações musicais ritualísticas, o batuque de umbigada na região do Médio Tietê paulista e o chamamé correntino, do litoral nordeste da Argentina, respectivamente saberes afro-brasileiros e indígenas guarani, como construções musicais dos lugares a partir da articulação de três aspectos: o patrimônio, a memória e a espiritualidade. Devido à natureza deste estudo, optou-se por uma metodologia de abordagem qualitativa que envolve análise de fontes documentais, visuais, sonoras e anotações feitas no caderno de campo, observação com e sem participação, escuta experimental e participante, áudio-etnografias, observação de performances e etnografia performativa e entrevistas individuais e coletivas. É importante acrescentar que se trabalha sobre a ideia da música como um objeto geográfico, por tanto, procura-se a espacialidade da própria música e como ela pode ser concebida como fonte de informações sobre o espaço. O trabalho de campo abrange quatro cidades paulistas (Capivari, Tietê, Piracicaba e Rio Claro) e seis da província de Corrientes (Corrientes capital, San Cosme, Mburucuyá, Mercedes, Curuzú Cuatiá e Alvear) e contempla a realização de percursos psicogeográficos e a aplicação de quatro procedimentos etnográficos multi-localizados, sendo três inspirados na proposta de George Emanuel Marcus (1995) e um de Lucas Manassi Panitz (2017). O problema da pesquisa se configura a partir da articulação dos três conceitos, e busca responder como eles participam na construção musical dos lugares. Especialmente no que tange ao patrimônio, dado que no caso do chamamé já está instituído e declarado Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization(UNESCO), enquanto o batuque de umbigada está a possibilidade do processo de salvaguarda. (AU)