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Da governamentalização da infância a infância psicanalisada: uma arqueogenealogia dos conceitos sobre a infância propagados por saberes especializados na Inglaterra ("Eugenics Review" e John Bowlby) entre 1942 e 1959

Processo: 24/00778-6
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de setembro de 2024
Data de Término da vigência: 31 de maio de 2027
Área de conhecimento:Ciências Humanas - História - Teoria e Filosofia da História
Pesquisador responsável:Hélio Rebello Cardoso Júnior
Beneficiário:Kaira Neder
Instituição Sede: Faculdade de Ciências Humanas e Sociais (FCHS). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Franca. Franca , SP, Brasil
Bolsa(s) vinculada(s):25/00811-6 - Infância, desenvolvimento e família em Michel Foucault, BE.EP.DR
Assunto(s):Michel Foucault   História da psicologia
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Arqueogenealogia | Foucault | Fundamentos Psicológicos | história da psicologia | Historiografia da Infância | História e Fudamentos da Psicologia

Resumo

O presente projeto possui um caráter interdisciplinar na medida em que consiste em um estudo de história e epistemologia da psicologia e psicanálise. Mais particularmente, refere-se a uma intersecção entre a historiografia da infância e a história das ciências (na perspectiva foucaultiana). Parte-se da hipótese de que a psicanálise desenvolvimentista, que surgiu no contexto da Segunda Guerra, a partir de figuras como John Bowlby, consistiu em uma descontinuidade no que tange aos conceitos e práticas relativos à infância; isto é, se com a instauração da modernidade surgiu uma biopolítica de preservação dos aspectos físicos da infância (combate às altas taxas de mortalidade, os cuidados corporais, por exemplo), com a emergência da psicanálise de cunho desenvolvimentista se coaduna à preservação do corpo material o cuidado referente aos aspectos psíquicos da criança. A partir da hipótese, traçou-se o objetivo de realizar uma arqueogenealogia dos conceitos e práticas veiculados por discursos especializados (medicina, psicologia, psiquiatria, etc.) sobre a infância entre 1942 e 1959 na Inglaterra, berço da psicanálise desenvolvimentista. Dois grupos discursivos foram elencados na tentativa de atingir o objetivo: material eugenista do periódico da sociedade eugenista britânica Eugenics Review (como representante de uma prática discursiva que visava a preservação do corpo infantil); e a obra do psiquiatra e psicanalista John Bowlby. Considera-se que responder ao objetivo traçado seria de imenso interesse para a historiografia da psicologia e da psicologia sobre infância da atualidade, na medida em que inexiste uma historiografia brasileira que investigue essa descontinuidade. Ademais, não foi encontrado um estudo histórico-conceitual sobre a produção de John Bowlby no país, o que consiste em uma lacuna, na medida em que se trata de um autor que baseia documentos nacionais que instauram políticas públicas, e cuja teoria é amplamente aplicada em contexto clínico, hospitalar, jurídico e educacional brasileiros.

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