Busca avançada
Ano de início
Entree

Voz ou lealdade? Uma análise das reações dos atores políticos do agronegócio frente às políticas ambiental e externa do governo Jair Bolsonaro (2019-2022)

Processo: 23/13251-3
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 01 de agosto de 2024
Data de Término da vigência: 31 de julho de 2025
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Ciência Política - Política Internacional
Pesquisador responsável:Felipe Pereira Loureiro
Beneficiário:Bernardo Cruz Franco
Instituição Sede: Instituto de Relações Internacionais (IRI). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Agronegócio   Empresários   Grupos de interesse   Política externa do Brasil   Economia política
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:agronegócio | empresariado | grupos de interesse | Jair Bolsonaro | Política Externa Brasileira | Populismo de direita | Economia Política

Resumo

O presente projeto pretende analisar as reações dos agentes políticos e das representações corporativas dominantes do agronegócio frente às políticas ambiental e externa do governo Jair Bolsonaro (2019-2022). Entende-se que a eleição de um mandatário populista e de extrema-direita para a chefia da República engendrou reconfigurações importantes na 'economia política do agronegócio', fortalecendo pleitos radicalizados no setor e incentivando clivagens programáticas entre as suas principais nucleações. Em particular, assume-se, em linha com Pompeia (2021a) e Feldmann e Morgan (2021a), que o empresariado do agronegócio interage e responde ao populismo de direita de Bolsonaro de modo ambivalente, na medida em que, se, por um lado, sua administração avançou pautas de interesse do setor - notadamente, aquelas ligadas a disputas fundiárias e ao desmantelamento de órgãos ambientais -, por outro, tornou demasiado salientes (doméstica e internacionalmente) pleitos caros à elite política desse campo, alargando riscos reputacionais a corporações do 'agro', ameaçando acordos comerciais e desinvestimentos. Valendo-se do modelo clássico de 'saída, voz e lealdade' de Hirschman (1972) e das modificações sugeridas por Feldmann e Morgan (2021a), identificamos quatro possíveis respostas do empresariado ao populismo de extrema-direita do governo Bolsonaro: voz baixa, voz alta, lealdade explícita e lealdade implícita. A partir dessas categorias, almejamos avaliar os posicionamentos de quatro importantes entidades do agronegócio (Abiove, Aprosoja, CNA e Coalizão Brasil) ante episódios-chave da agenda ambiental e externa da administração Bolsonaro e, assim, refletir sobre as implicações mais amplas dessa análise para as relações Estado-empresariado no Brasil, bem como para o poder político do agronegócio.

Matéria(s) publicada(s) na Agência FAPESP sobre a bolsa:
Mais itensMenos itens
Matéria(s) publicada(s) em Outras Mídias ( ):
Mais itensMenos itens
VEICULO: TITULO (DATA)
VEICULO: TITULO (DATA)