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Escuta e subjetividade na composição musical e sonora

Processo: 23/16242-5
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de setembro de 2024
Data de Término da vigência: 31 de agosto de 2026
Área de conhecimento:Linguística, Letras e Artes - Artes - Música
Pesquisador responsável:Marilia Velardi
Beneficiário:Valeria Muelas Bonafe
Instituição Sede: Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Escuta   Subjetividade   Processo criativo
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:abordagem cartográfica | escuta | Feminismo decolonial | pesquisa baseada em arte | processo composicional | subjetividade | Processos criativos

Resumo

O projeto propõe uma investigação artística (Velardi 2016, 2018) sobre processo composicional em Música e Arte Sonora. O objetivo é explorar o processo composicional enquanto um processo no qual experiências subjetivas podem ser acessadas, elaboradas e compartilhadas por meio da escuta. Nesse projeto, o foco na inter-relação entre escuta e subjetividade (LaBelle 2018, Campesato & Bonafé 2019) é a chave para descontruir paradigmas coloniais-patriarcais universalizantes e promover a diversidade de vozes dentro do campo da composição musical e sonora. À luz das teorias e micropolíticas feministas decoloniais, proponho trabalhar de maneira colaborativa com outras compositoras e artistas sonoras para desenvolver de maneira sistemática um método original para investigar processos composicionais em Música e Arte Sonora. Este método - com o qual venho trabalhando de maneira experimental nos últimos anos e que tenho chamado de 'cartografia de processo criativo' (Bonafé 2024) - se baseia na abordagem cartográfica de Suely Rolnik (1989) e é modulado por uma política feminista de escuta (Bonafé & Campesato 2021) que busca amplificar aquilo que é comumente silenciado. Esse método será inicialmente desenvolvido no contexto de um estudo de caso com artistas brasileiras que atuam profissionalmente na cena da música experimental e da arte sonora e apoiará, num segundo momento, interações artísticas com artistas-pesquisadoras que estão em fase de formação universitária e com artistas que estão se desenvolvendo fora do circuito acadêmico, incorporando perspectivas subjetivas e criativas de grupos socialmente diversos. Esse conjunto de ações cartográficas participativas dará origem a uma coleção de diagramas aurais-visuais-conceituais que revelarão formas de pensar e praticar a composição que escapam a abordagens exclusivamente comprometidas com a produção artística e intelectual de homens brancos do norte global. Focando no trabalho de artistas brasileiras, mulheres e minorias de gênero, vou traçar uma compreensão do processo composicional que abranja experiências subjetivas e criativas de comunidades não hegemônicas, o que desafiará as abordagens atuais de ensino e pesquisa no campo da Música e da Arte Sonora e fortalecerá um novo paradigma - de viés feminista decolonial - para a criação musical e sonora.

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