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O gênero das práticas: uma etnografia com profissionais de saúde, crianças e adolescentes trans e seus familiares em um serviço no SUS

Processo: 24/06542-4
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de outubro de 2024
Data de Término da vigência: 31 de março de 2028
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Antropologia
Pesquisador responsável:Silvana de Souza Nascimento
Beneficiário:Francisco Janis Borges Xavier de Gouveia
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Corpo   Etnografia   Gênero   Saúde
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Adolescentes trans | Corpo | crianças trans | Etnografia | Gênero | Saúde | Transgeneridades, gênero e saúde

Resumo

A emergência de ambulatórios especializados e outros serviços de saúde para crianças e adolescentes trans e/ou com "variabilidade de gênero" nos últimos anos indica uma configuração histórica, cultural, social e política específica de qualificar, acolher e compreender infâncias e adolescências que são consideradas "desviantes" das normas de gênero. O presente projeto de doutorado propõe realizar uma pesquisa de caráter etnográfico em um serviço de saúde público de Atenção Primária em Saúde (APS) destinado ao ensino, pesquisa e cuidados em saúde de crianças e adolescentes trans e/ou com vivências de variabilidade de gênero e seus familiares. Procuro investigar, inspirado na praxiografia, práticas e materialidades por meio das quais profissionais de saúde, famílias, crianças e adolescentes trans "atuam" juntos e "colaboram" para a feitura de gênero, ao passo que gênero se manifestará por materialidades distintas para cada conjunto de atores. Rastrear a política ontológica do gênero pode produzir comparações profícuas entre diagnosticar e performar gênero. Busca-se ainda explorar, na feitura dessas colaborações, as múltiplas relações de poder e da tutela implicadas entre os agentes. Tendo em vista que é um dos poucos serviços de saúde alocado em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) voltado para crianças e adolescentes trans, ressalta-se a relevância de seu estudo do ponto de vista da singularidade nas políticas de saúde para a população trans, assim como a importância do rastreamento dessas práticas de cuidado e de conhecimento para o campo da antropologia da saúde, da ciência e dos estudos de gênero. Espera-se com esta pesquisa contribuir na reflexão sobre acesso da população trans ao sistema público de saúde, o que nos coloca outras questões no debate acerca da despatologização das menoridades trans.

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