O tratamento de pessoas com autismo no Instituto de Psicologia da USP: algumas considerações históricas

• Processo: 24/15675-8
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
• Data de Início da vigência: 01 de novembro de 2024
• Data de Término da vigência: 31 de outubro de 2025
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Psicologia - Tratamento e Prevenção Psicológica
• Pesquisador responsável: Marlene Guirado
• Beneficiário: João Haick Mallard Fonseca
• Instituição Sede: Instituto de Psicologia (IP). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Assunto(s): Psicanálise
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Análise do Comportamento Aplicado | Psicanálise | Tratamento do autismo | Tratamento do autismo

Resumo

A história do tratamento do autismo está diretamente ligada a um contexto de disputas políticas e busca de legitimidade. Desde propriamente a criação do diagnóstico com o psiquiatra Leo Kanner em 1943, já havia desavenças entre o que o saber científico da época dizia ser a causa desse transtorno (culpabilizando principalmente a relação da criança com as mãe) e os pais das crianças diagnosticadas com autismo que, sem aceitar a imposição de tal causalidade, criaram grupos de apoio e pesquisa independente entre si. Mais adiante, com o maior estudo e busca de compreensão do Transtorno do Espectro Autista (TEA), diferentes abordagens psicoterápicas passaram a ter diferentes entendimentos sobre o TEA, consequentemente causando uma busca por legitimidade principalmente entre a psicanálise e a Análise do Comportamento Aplicada (ABA). No Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, existe o atendimento a crianças com TEA desde 1990, todavia, houve uma mudança nos programas de atendimento: em um primeiro momento o projeto de extensão estava associado à via psicanalítica, enquanto, nos dias atuais, o projeto vigente está associado à via comportamental, com a utilização de ABA. Esta pesquisa, portanto, tem o intuito de entender, através de entrevista com profissionais que serão analisadas pela Análise Institucional do Discurso, o porquê tal mudança ocorreu e se ela envolve as disputas narrativas e políticas que permeiam o assunto.