A atenuação do poder do pater familias a partir das personagens femininas no teatro de Plauto (séculos III e II A.E.C.)

• Processo: 23/17770-5
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado
• Data de Início da vigência: 01 de dezembro de 2024
• Data de Término da vigência: 28 de fevereiro de 2026
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - História - História Antiga e Medieval
• Pesquisador responsável: Margarida Maria de Carvalho
• Beneficiário: Lais Felippe Lucon
• Instituição Sede: Faculdade de Ciências Humanas e Sociais (FCHS). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Franca. Franca , SP, Brasil
• Bolsa(s) vinculada(s): 25/07733-0 - A atenuação do poder do pater familias a partir das personagens femininas no teatro de Plauto (séculos III e II A.E.C.), BE.EP.MS
• Assunto(s): República Romana História antiga
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Atuação Feminina | Comédia Plautina | Pater familias | Relações político-familiares | República Romana | História Antiga

Resumo

Contornado pelo contexto histórico dos séculos III e II A.E.C., o teatro de Plauto (c. 255/250 - 184 A.E.C.) nasceu na cena de uma vasta mescla cultural resultante das constantes expansões romanas. O arco temporal do comediógrafo, situado no período comumente denominado Média República, foi marcado por amplas mudanças nas instituições que compunham e administravam o sistema republicano. Destacadamente, as Guerras Púnicas contra Cartago assinalaram a projeção de Roma no Mediterrâneo, bem como um maior contato com a cultura grega. Enquanto eco da sociedade de seu tempo, o corpus plautino realçou plurais representações do feminino e do masculino no agregado familiar. Ao nos debruçarmos sobre a leitura das peças Asinaria (Asinária ou A Comédia dos Burros), Casina (Cásina), Menaechmi (Os Menecmos) e Mercator (O Mercador), apreendemos uma construção que controverte a figura do pater familias (pai de família), evidenciada nos comportamentos exibidos em face a personagens femininas. Assim, temos por hipótese que a comédia de Plauto, utilizando-se do feminino como veículo que incita - e realiza - falas críticas, apresenta indícios do enfraquecimento do poder do componente mais proeminente do lar: o pater. Ademais, assimilando a família romana como organização social de forte atuação política, percebemos as críticas plautinas reverberando no meio político romano.