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A invenção do manicômio: interlocuções entre França e Brasil na criação do Hospício Pedro II

Processo: 24/13988-9
Modalidade de apoio:Bolsas no Exterior - Estágio de Pesquisa - Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de março de 2025
Data de Término da vigência: 31 de agosto de 2025
Área de conhecimento:Ciências Sociais Aplicadas - Arquitetura e Urbanismo
Pesquisador responsável:Ana Claudia Scaglione Veiga de Castro
Beneficiário:Beatriz Fernandez Vaz Oliveira
Supervisor: Monica Raisa Schpun
Instituição Sede: Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Instituição Anfitriã: École des Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS), França  
Vinculado à bolsa:22/03906-0 - Os edifícios do Hospital Nacional de Alienados e da Colônia do Engenho de Dentro: ficções e espaços da loucura nos diários de Lima Barreto e Maura Lopes Cançado, BP.DR
Assunto(s):Loucura
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Alienismo | Asile de Charenton | Hospício Pedro II | Loucura | Manicômio | História da Arquitetura e do Urbanismo

Resumo

A circulação das ideias e tratados dos alienistas franceses no decorrer do século XIX, especialmente de Philipe Pinel (1745-1826) e Jean-Étienne Dominique Esquirol (1745-1826), implicou na produção de uma série de teses médicas brasileiras sobre a alienação mental. É nesse contexto que, no Brasil, cria-se o Hospício Pedro II, no Rio de Janeiro, formalizando a adoção da solução proposta pelo alienismo para a questão da loucura, seu tratamento e destino social. O Hospício Pedro II, inaugurado em 1852 , foi o primeiro da tipologia a ser implantado no país. Sua concepção resultou de um projeto médico que, ao situar a loucura no domínio da doença mental, seguindo os pressupostos do recém-criado alienismo francês, propunha como forma de tratamento para essa doença a sua contenção e isolamento por meio das internações manicomiais. Essa lógica operou em conjunto com a exclusão da diferença e da enfermidade preconizadas por um projeto de cidade higienista que, no limite, materializava os anseios imperiais por uma civilização onde triunfavam a norma, a ordem e a razão. De acordo com publicação contida na revista Universo Ilustrado (1858), o edifício do Hospício Pedro II foi "baseado nos planos do Hospital de Charenton", localizado em Val de Marne (nos arredores do Bois de Vincennes), nas proximidades de Paris. Para além dessa afirmação, repetida e apropriada por autores que tematizaram o Hospício Pedro II em suas respectivas pesquisas, não existem trabalhos que iluminem essa relação a partir do cotejamento entre ambos os projetos. O objetivo da presente pesquisa consiste, portanto, na realização desse cotejamento entre o projeto do hospital francês (Asile de Charenton) e o projeto do Hospício Pedro II. Intenciona, de forma mais ampla, melhor compreender a gênese desse objeto urbano e arquitetônico, que inaugurou a adoção da tipologia manicomial no território brasileiro, a partir do qual se conceberam as demais formas de isolamento e tratamento da loucura tematizadas pela pesquisa de doutorado que vem sendo desenvolvida pela autora.

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