Pesquisa e desenvolvimento para a obtenção de extrato de lúpulo (Humulus lupulus) com baixo amargor e validação dos efeitos metabólicos e cognitivos

• Processo: 24/18749-2
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas - PIPE
• Data de Início da vigência: 01 de fevereiro de 2025
• Data de Término da vigência: 31 de outubro de 2025
• Área de conhecimento: Ciências Agrárias - Ciência e Tecnologia de Alimentos - Ciência de Alimentos
• Pesquisador responsável: Aline Rissetti Roquetto
• Beneficiário: Aline Rissetti Roquetto
• Empresa: Rubian Xtract Serviços Ltda
• CNAE: Fabricação de produtos alimentícios não especificados anteriormente
• Vinculado ao auxílio: 23/18048-1 - PESQUISA E DESENVOLVIMENTO PARA A OBTENÇÃO DE EXTRATO DE LÚPULO (Humulus lupulus) COM BAIXO AMARGOR E VALIDAÇÃO DOS EFEITOS METABÓLICOS E COGNITIVOS, AP.PIPE
• Assunto(s): Compostos bioativos Lúpulo Humulus lupulus Sabor Indústria de alimentos
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: amargor | Bloqueador de amargor | Compostos bioativos | lúpulo | Ciência de Alimentos

Resumo

O lúpulo (Humulus Lupulus) é extensivamente utilizado na indústria para agregação de aroma e sabor na produção de cervejas, e também pode ser empregado como conservante natural. Atualmente, as empresas estão preocupadas com o destino e a quantidade de resíduos alimentares gerados durante o processo de produção representando um problema ambiental. Dessa forma, o tratamento e processamento desses resíduos pode auxiliar no desenvolvimento de novos produtos e aplicações de substâncias que seriam desperdiçadas. O sabor amargo do lúpulo é considerado essencial para a produção de cerveja, entretanto, o elevado amargor da matriz vegetal contribui para a baixa aceitação em produtos alimentícios. Estudos com ácidos amargos do lúpulo tem destacado que esses compostos apresentam diversas propriedades biológicas como melhora da função cognitiva e regulação do apetite a partir de mecanismos mediado pelos receptores de amargor expressos no intestino. Entretando, o bloqueio da sinalização celular pode prejudicar a liberação de mediadores essenciais para obtenção dos efeitos benéficos do lúpulo. Nesse sentido, o presente projeto tem objetivo de desenvolver um extrato de lúpulo com baixo amargor, através da utilização de bloqueadores de amargor, de modo que as propriedades biológicas do lúpulo sejam preservadas. O bloqueio do amargor será avaliado através de análises sensoriais aplicando o extrato de lúpulo em base alimentícia. Para avaliação das propriedades biológicas serão utilizados 50 ratos Wistar randomizados em cinco grupos experimentais (n=10) tratados com dieta normolipídica ou hiperlipídica por 10 semanas para indução do desequilíbrio do apetite e dos níveis de neurotransmissores: C - grupo tratado com dieta normolipídica e gavado com veículo; C+L - grupo tratado com dieta normolipídica e gavado com lúpulo; HF - grupo tratado com dieta hiperlipídica gavado com veículo; HF+ L - grupo tratado com dieta hiperlipídica gavado com extrato de lúpulo; HF+L+BB - grupo tratado com dieta hiperlipídica gavado com extrato de lúpulo adicionado de bloqueador de amargor. A gavagem será administrada durante 21 dias e serão realizados testes de avaliação de tolerância a glicose e resistência à ação da insulina. Decorrido o período experimental, os animais serão eutanasiados e coletadas amostras de sangue e tecido cerebral para avaliação de hormônio intestinal (GLP-1; peptídeo semelhante a glucagon 1) e de neurotransmissores. Espera-se que a utilização de bloqueador de amargor seja eficiente para a redução da percepção do gosto amargo e que o extrato de lúpulo obtido promova alterações nos níveis de neurotransmissores e de hormônios intestinais, de modo que o produto possa ser empregado como ingrediente bioativo funcional na indústria de alimentos, suplementos e outros.