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O processo de legitimação mindfulness como uma prática terapêutica no campo psi

Processo: 22/16300-2
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de março de 2025
Data de Término da vigência: 29 de fevereiro de 2028
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Antropologia
Pesquisador responsável:Christiano Key Tambascia
Beneficiário:Giovanna Paccillo dos Santos
Instituição Sede: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Assunto(s):Antropologia da religião   Atenção plena   Neurociências
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Antropologia da Religiao | Mindfulness | Neurociências | praticas terapêuticas | Saberes psi | Antropologia da Religião

Resumo

Este projeto tem como objetivo entender o processo de criação da meditação mindfulness como uma prática terapêutica que reivindica legitimidade científica entre os saberes psi. O mindfulness é conhecido como uma prática de orientação da atenção para o presente, de origem budista, mas que foi transformada em um protocolo de oito semanas pelo biólogo molecular Jon Kabat-Zinn, com objetivos terapêuticos. Desde então, a prática vêm sendo utilizada em hospitais e consultórios de forma crescente, ao passo que seus proponentes se esforçam para legitimá-la nesses âmbitos. Este projeto busca entender o modo como essa legitimidade é construída por esses proponentes em três lugares nos quais o mindfulness se faz presente: 1) nas pesquisas científicas; 2) nos cursos de formação; 3) nas mídias de divulgação. Nesse escopo de interesse, destaco dois movimentos aos quais terão maior ênfase nesta pesquisa: a criação de uma ciência e o uso uma gramática científica sobre o mindfulness, que prioriza o uso das neurociências como estratégia de convencimento; e o afastamento estratégico do componente budista da prática. A hipótese deste projeto é que a adequação do mindfulness a uma linguagem científica propagada nas diversas frentes em que o mindfulness se faz presente é parte fundamental das estratégias de seus proponentes para legitimá-lo enquanto terapêutica. Com isso, este projeto busca também pensar as relações entre religião e ciência, saberes psi e neurociências, engendradas nesse processo, bem como essas relações reconfiguram noções de corpo e pessoa, natureza e cultura.

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