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Estudo de vesículas extracelulares de patógenos fúngicos de alto impacto em saúde pública

Processo: 24/19475-3
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Programa Estímulo a Vocações Científicas
Data de Início da vigência: 24 de fevereiro de 2025
Data de Término da vigência: 12 de abril de 2025
Área de conhecimento:Ciências Biológicas - Microbiologia - Biologia e Fisiologia dos Microorganismos
Pesquisador responsável:Samuel Goldenberg
Beneficiário:Jean de Souza Lisboa Kozlowski
Instituição Sede: Instituto Carlos Chagas. Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Ministério da Saúde (Brasil)
Assunto(s):Micologia   Candida auris   Cryptococcus neoformans   Fungos   Micoses   Vesículas extracelulares   Patógenos   Saúde pública
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Candida auris | Cryptococcus neoformans | fungos | vesículas extracelulares | micologia

Resumo

As infecções causadas por fungos causam altas taxas de morte anualmente em todo e mundo. O Fundo Global de Ações contra Infecções Fúngicas (GAFFI) revela dados alarmantes, indicando que mais de 300 milhões de pessoas sofrem anualmente de infecções fúngicas graves, resultando em mais de 1,5 milhão de óbitos, números comparáveis aos de doenças como malária e tuberculose. Pacientes em tratamento de câncer enfrentam alta suscetibilidade a infecções fúngicas, impactando diretamente os custos do tratamento antitumoral. No Instituto Nacional do Câncer (INCA), os gastos com antifúngicos, como a anfotericina B, ultrapassaram 14 milhões de reais entre 2013 e 2016. Fungos, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, EUA), são frequentemente associados à mortalidade por meningite, com Cryptococcus spp causando cerca de 200 mil mortes anualmente. Além do impacto de Cryptococcus, Candida auris, um fungo emergente naturalmente resistente a antifúngicos, é considerado uma ameaça global. Em pacientes imunocomprometidos, sua circulação sanguínea resulta em índices de mortalidade variando de 28% a 78%. Um aspecto importante da biologia desses fungos patogênicos é a produção de vesículas extracelulares (VEs). As VEs sa¿o agora reconhecidas como atores fundamentais na biologia celular e interac¿o¿es entre pato¿geno e hospedeiro. Em fungos, apesar de sua existe¿ncia ser conhecida desde 2007, sua estrutura, conteu¿do e func¿o¿es permanecem pouco conhecidos. Historicamente, o estudo de VEs fúngicas se baseou em protocolos estabelecidos para a análise de VEs de mamíferos, mas não há clareza sobre os melhores métodos para análise dessas estruturas em fungos. Nossos dados recentes usando protocolos alternativos revelaram uma fanta¿stica diversidade nas VEs de fungos, sugerindo va¿rias vias de bioge¿nese. Como as VEs tem enorme potencial como alvo para o desenvolvimento de drogas antifu¿ngicas, vacina e ferramentas de diagno¿stico, utilizaremos nossa experie¿ncia em purificac¿a¿o e caracterizac¿a¿o de VEs de fungos para estudar estrutura, composic¿a¿o e diversidade de VEs produzidas por diferentes isolados patogênicos de C. neoformans e C. auris. Compreender a composição das VEs desses patógenos pode abrir caminho para o entendimento de biogênese e identificação de alvos terapêuticos para combater infecções fúngicas graves, reduzindo o impacto negativo na saúde pública e nos custos associados ao tratamento. (AU)

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