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Imaginação e Filosofia: O papel da fábula Nova Atlân tida na Grande Instauração Baconiana

Processo: 24/01284-7
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Mestrado
Data de Início da vigência: 01 de fevereiro de 2025
Data de Término da vigência: 28 de fevereiro de 2026
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Filosofia - História da Filosofia
Pesquisador responsável:Fátima Regina Rodrigues Évora
Beneficiário:Ana Beatriz Munarolo
Instituição Sede: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Assunto(s):Fábula   Imaginação
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Fábula | Imaginação | Nova Atlântida | Reforma do Conhecimento | História da Filosofia Moderna

Resumo

O formato literário de Nova Atlântida, assim como sua publicação póstuma e seu caráter inacabado, sempre constituíram entraves para a interpretação de seu propósito. Contudo, analisando-a sob a luz da Grande Instauração, percebe-se que ela é justamente o elemento que permite a identificação de uma certa unidade nas principais obras do autor, visto que, ao conceber uma sociedade utópica extremamente avançada devido ao seu comprometimento com o progresso, a fábula personifica os principais dispositivos teóricos baconianos tendo-se em vista a disseminação de seu projeto reformista para um público mais amplo. Porém, para além de buscar verificar e mostrar como tal unidade se sustenta e a importância propagandística desta obra, esta pesquisa visa defender seu valor filosófico. Para tanto, é preciso primeiramente compreender que o projeto que ela patrocina é político, uma vez que propõe uma transformação radical da Europa do século XVII em uma sociedade científica. Em segundo lugar, é necessário descobrir se a imaginação e a literatura possuem a capacidade, na visão de Francis Bacon, de criar conhecimento, e, assim, constituir-se como uma espécie de método de descobertas. Desse modo, por meio de uma análise teórica da bibliografia primária, constituída pelas obras Gesta Grayorum (1594), The Advancement of Learning (1605), Novum Organum (1620), The Great Instauration (1620), Sylva Sylvarum (1626) e New Atlantis (1626), e das propostas interpretativas dos comentadores, pretende-se indicar uma chave de leitura que, ao mostrar que Nova Atlântida possui um papel essencial no discurso filosófico baconiano, propondo uma nova atitude civil perante o saber e até mesmo um novo caminho investigativo, evidenciará que sua configuração, longe de ser desconexa das obras do autor, constitui a melhor escolha para impulsionar uma verdadeira reforma do conhecimento.

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