Usando Palinofácies como Proxies Climáticos em Sedimentos do Plioceno Médio da Amazônia e da Antártica Ocidental

• Processo: 24/21402-4
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
• Data de Início da vigência: 01 de março de 2025
• Data de Término da vigência: 28 de fevereiro de 2026
• Área de conhecimento: Ciências Exatas e da Terra - Geociências - Geologia
• Pesquisador responsável: Marcelo Augusto de Lira Mota
• Beneficiário: Daniel Bernardo Chabu
• Instituição Sede: Instituto de Geociências (IGC). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Vinculado ao auxílio: 18/23899-2 - Projeto de Perfuração Transamazônica: origem e evolução das florestas, clima e hidrologia dos trópicos da América do Sul, AP.PFPMCG.TEM
• Assunto(s): Palinologia
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Bacia do Marajó | Calota de Gelo da Antártica Ocidental | Mudanças paleoambientais | Palinofácies | Plioceno Médio | Reconstrução Paleoclimática | Palinologia

Resumo

O estudo de intervalos climáticos passados, como o Período Quente do Plioceno Médio, fornece insights valiosos sobre a resposta da Terra a altos níveis de CO¿ atmosférico, semelhantes aos projetados para um futuro próximo. Esta pesquisa busca utilizar a análise de palinofácies como um proxy para reconstruir mudanças paleoambientais em duas regiões-chave: o Mar de Amundsen, adjacente à Calota de Gelo da Antártica Ocidental (WAIS), e a Bacia do Marajó, representando a Floresta Amazônica (AMAZ). Analisarei 70 lâminas palinológicas de testemunhos de sedimentos coletados pela Expedição 379 do Programa Internacional de Descoberta Oceânica (2019; 35 lâminas) e pelo Projeto de Perfuração Transamazônica (2024; 35 lâminas), aplicando técnicas padronizadas para contagem de palinomorfos, fitoclastos e matéria orgânica amorfa (AOM). Parâmetros como a porcentagem de AOM, fitoclastos, palinomorfos e diversas razões de fitoclastos serão avaliados para inferir condições disóxicas, proximidade a fontes terrestres e mudanças no nível do mar. Os resultados auxiliarão na reconstrução de episódios de avanço e recuo glaciais da WAIS, bem como flutuações no ciclo hidrológico e no nível do mar na região Amazônica. Ao correlacionar as mudanças nas palinofácies entre essas duas regiões, este estudo testará duas hipóteses (H) principais: (H1) Diferenças nas palinofácies entre intervalos mais quentes e mais frios estarão alinhadas com as mudanças esperadas no nível do mar e nas camadas de gelo; (H2) As variações nas palinofácies poderão ser usadas para inferir mudanças climáticas regionais durante o Plioceno. Os resultados contribuirão para a compreensão da dinâmica climática e da interconexão entre os sistemas WAIS e AMAZ, oferecendo um análogo paleoclimático valioso para prever cenários climáticos atuais e futuros.