Impacto da interação dos indóis produzidos por Malassezia spp. com o receptor de hidrocarboneto de aril de macrófagos na resposta imune de pacientes com pitiríase versicolor

• Processo: 24/05761-4
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado
• Data de Início da vigência: 01 de abril de 2025
• Data de Término da vigência: 31 de março de 2028
• Área de conhecimento: Ciências da Saúde - Medicina
• Pesquisador responsável: Maria da Gloria Sousa Stafocker
• Beneficiário: Giovanna Azevedo Celestrino
• Instituição Sede: Faculdade de Medicina (FM). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Assunto(s): Macrófagos Malassezia Dermatologia
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Macrófagos | Malassezia | Pitiriase versicolor | Receptor Hidrocarboneto de Aril | Dermatologia

Resumo

A pele abriga uma grande variedade de populações microbianas, que, em conjunto comseus elementos estruturais, metabólitos e moléculas produzidas, compõem o microbioma.O gênero Malassezia representa cerca de 80% das espécies fúngicas cutâneas, sendo ocomensal fúngico mais prevalente. Embora seja um comensal, Malassezia já foi associadaa algumas doenças cutâneas, como a pitiríase versicolor (PV), uma infecção fúngicasuperficial, caracterizada pelo crescimento fúngico excessivo na pele, sendo geralmenteassintomática. Um processo bioquímico de interesse, nessa levedura, é a produção dederivados do indol, quando o triptofano é a única fonte de nitrogênio. Esses indóisdemonstraram ser potentes ligantes do receptor de hidrocarboneto de aril (AhR), um fatorde transcrição citosólico que é ativado após ligação com diferentes ligantes. Os efeitos dasinalização do AhR estão relacionados, em sua maioria, a doenças inflamatórias da pele,além de também participar da homeostase e da modulação da resposta imune. Até omomento, os trabalhos que avaliaram o papel dos indóis de Malassezia se limitaram aoefeito de alguns desses metabólitos em células isoladas, enquanto o mecanismo queenvolve o reconhecimento e a mediação da resposta imune, após interação com o AhR eem quais vias esse receptor utiliza, permanece inexplicado. Assim, propomos avaliar aresposta de macrófagos de pacientes com PV após a interação com indóis derivados deMalassezia e a participação do AhR no reconhecimento desse fungo, além de identificaro padrão da resposta imune. Acreditamos que o entendimento dessas vias poderácontribuir para melhores manejos terapêuticos nessa patogenia.