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Epilepsia e Gliomas Difusos de Baixo Grau: Análise Epidemiológica, de Imagem e Impacto clínico

Processo: 25/00458-4
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 01 de abril de 2025
Data de Término da vigência: 31 de março de 2026
Área de conhecimento:Ciências da Saúde - Medicina
Pesquisador responsável:Enrico Ghizoni
Beneficiário:Leticia Bragalia Passarella
Instituição Sede: Faculdade de Ciências Médicas (FCM). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Assunto(s):Epilepsia
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:epilepsia | Gliomas de baixo grau (LGG) | Neuro-oncologia

Resumo

IntroduçãoGliomas difusos de baixo grau (LGGs) do tipo adulto são tumores primários raros do sistema nervoso central, classificados como grau II pela OMS. Localizados principalmente nos hemisférios cerebrais, incluem astrocitomas e oligodendrogliomas. Embora apresentem uma progressão mais lenta e melhor prognóstico em comparação com tumores de alto grau, os LGGs estão fortemente associados à epilepsia, com crises sendo frequentemente o primeiro sintoma. Essa relação destaca a necessidade de investigar características clínicas e fatores prognósticos desses tumores.JustificativaA pesquisa sobre a relação entre LGGs e epilepsia visa avaliar como a ressecção cirúrgica impacta os desfechos clínicos, incluindo o controle das crises epilépticas. A abordagem cirúrgica tem se mostrado eficaz, especialmente em pacientes com epilepsia refratária, contribuindo para melhorar a qualidade de vida e reduzir o risco de transformação maligna.ObjetivosObjetivo geral: Investigar os desfechos clínicos de pacientes com LGGs submetidos à ressecção cirúrgica, com foco no controle das crises epilépticas.Objetivos específicos:Analisar a frequência e características das crises epilépticas antes e após a ressecção.Avaliar o impacto da extensão da ressecção cirúrgica no controle de crises a longo prazo.Identificar fatores prognósticos, como localização do tumor e mutação IDH.Explorar o papel de técnicas de imagem na delimitação tumoral e prognóstico.Materiais e métodosContextualização dos LGGsLGGs apresentam infiltração difusa e afetam frequentemente jovens adultos. A taxa de incidência é de 11,3 casos por 100.000 pessoas ao ano. Entre os fatores prognósticos favoráveis estão idade jovem, bom desempenho funcional, ressecção total do tumor e volume tumoral pré-operatório pequeno. O manejo inclui corticosteroides para edema e anticonvulsivantes para crises epilépticas.Epileptogenicidade em LGGsEpilepsia ocorre em 60% a 85% dos casos, sendo o primeiro sintoma em 70% a 90%. A ressecção cirúrgica é uma abordagem eficaz para crises refratárias, com mais de 80% dos pacientes alcançando controle total pós-cirurgia. Mecanismos de epileptogenicidade incluem alterações estruturais, como perda neuronal e astrogliose, e fatores genéticos, como a mutação IDH, que promove hiperexcitabilidade neuronal. A localização do tumor, especialmente no lobo temporal, está associada a crises frequentes e complexas.Impactos clínicos e papel da cirurgiaA ressecção cirúrgica é essencial para o controle de crises e melhora na qualidade de vida. Estudos apontam que a extensão da ressecção é o principal preditor de controle de crises. Em ressecções completas, mais de 80% dos pacientes apresentam controle total das crises.ConclusãoA epilepsia associada aos LGGs impacta profundamente a qualidade de vida dos pacientes, tornando essencial o controle das crises. A ressecção cirúrgica extensa é a abordagem recomendada, especialmente em casos refratários. Este estudo busca preencher lacunas na literatura ao explorar características clínicas, fatores prognósticos e o papel das técnicas de imagem no manejo de pacientes com LGGs.

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