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Classificações e seus limites: categorias de fluidez e ambiguidade da sexualidade no Brasil

Processo: 24/07383-7
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de maio de 2025
Data de Término da vigência: 28 de fevereiro de 2027
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Antropologia
Pesquisador responsável:Regina Facchini
Beneficiário:Inácio dos Santos Saldanha
Instituição Sede: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Assunto(s):Ambiguidade   Bissexualidade   Sexualidade
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:ambiguidade | Bissexualidade | classificações | Movimento LGBTI+ - Brasil | Sexualidade | Gênero e sexualidade

Resumo

Desde a redemocratização do Brasil, a sexualidade vem se consolidando como tema articulador de uma linguagem de direitos e de disputas em torno deles. Eventos como a epidemia de HIV/Aids, a constituição de uma "população LGBT" como sujeitos de direitos, o florescimento do campo de estudos de gênero e sexualidade, a ascensão do conservadorismo e a pandemia de Covid-19 estão associados à formação de conceitos, sujeitos, estratégias e classificações. A literatura sobre essas mudanças históricas ressalta a relação com o Estado como um estímulo para a apresentação de grupos definidos para a construção de políticas públicas, mas ainda é necessário conhecer com mais profundidade os limites e contradições dessas classificações. Durante o mesmo período, categorias como "bissexual", "gilete", "g0y", "pansexual", "polissexual" e outras têm circulado e provocado discussões, culminando em recente multiplicação de categorias que remetem a identidades (principalmente na internet) relativas à atração por homens e mulheres, ou à atração para além da oposição homem-mulher. O objetivo desta pesquisa, portanto, é compreender as tensões classificatórias provocadas pela produção de categorias relativas ao desejo por mais de um sexo ou gênero no âmbito dos ativismos LGBTI+ no Brasil, considerando que as classificações e suas categorias são produzidas historicamente por determinados atores e contextos, passíveis de serem identificados e analisados. Delimito o recorte empírico a partir da noção de "campos discursivos de ação", conceito emprestado de Sonia Alvarez, na forma de redes e teias político-comunicativas entre diversos atores e a interface entre suas formas de atuação, tomando a sexualidade como eixo articulador. Focalizo, mais especificamente, espaços de discussão e articulação dos ativismos de HIV/Aids, bissexualidade e de novas categorias a partir da redemocratização do país. Para isso, proponho a produção de uma etnografia que articula observação participante, análise de documentos e entrevistas semi-estruturadas.

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