O confronto pela filosofia: a história da filosofia nacional em João Cruz Costa e Miguel Reale (1937-1965)

• Processo: 25/00564-9
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
• Data de Início da vigência: 01 de maio de 2025
• Data de Término da vigência: 28 de fevereiro de 2026
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - História - Teoria e Filosofia da História
• Pesquisador responsável: Miguel Soares Palmeira
• Beneficiário: Marco Antonio Bertoldi
• Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Assunto(s): História intelectual Universidade de São Paulo
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Filosofia nacional | História Intelectual | João Cruz Costa | Miguel Reale | Universidade De São Paulo | História Intelectual

Resumo

O presente trabalho procura compreender o sentido das obras de João Cruz Costa e Miguel Reale e o que reconhecem como "filosofia nacional", isto é, sua história, participantes, momentos, significados e caracterizações. Por outro lado, procura entender tais obras como inseridas dentro de um contexto institucional e filosófico mais amplo durante as décadas de 1930 e 1960, sendo eles, a disputa em torno do controle da Universidade de São Paulo (USP) e a profissionalização do campo filosófico na metrópole paulista como resultado da criação da USP. Para compreender tal contexto, a pesquisa procura reconstituir o ferramental construído e mobilizado pelos autores durante a institucionalização da disciplina. Nesse processo, os agentes que constituem as primeiras experiências de um campo filosófico - aqui expressos nas figuras do João Cruz Costa e Miguel Reale - procuram criar e estabelecer distinções entre si capazes de expressar a consagração de suas respectivas chaves de interpretação da filosofia nacional, caracterizando o outro a partir de seus próprios pressupostos daquilo que seria a verdadeira prática filosófica. Dessa forma, pretende reconstruir as disputas em torno da disciplina da Filosofia na Universidade de São Paulo como um embate historicamente determinado, de modo que cada discurso remeta a uma posição no complexo de relações institucionais, intelectuais e sociais.