O antipartidarismo enquanto identidade política? A composição de grupos antipartidários em sistemas multipartidários e os impactos do antipartidarismo sobre a representação democrática

• Processo: 25/01573-1
• Modalidade de apoio: Bolsas no Exterior - Estágio de Pesquisa - Pós-Doutorado
• Data de Início da vigência: 15 de julho de 2025
• Data de Término da vigência: 14 de janeiro de 2026
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Ciência Política - Comportamento Político
• Pesquisador responsável: Rachel Meneguello
• Beneficiário: Mariana Falcão Chaise
• Supervisor: Juan Abal Medina
• Instituição Sede: Centro de Estudos de Opinião Pública (CESOP). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
• Instituição Anfitriã: Universidad de Buenos Aires (UBA), Argentina
• Vinculado à bolsa: 23/15098-8 - O antipartidarismo enquanto identidade política? A composição de grupos antipartidários em sistemas multipartidários e os impactos do antipartidarismo sobre a representação democrática, BP.PD
• Assunto(s): Peronismo Partidos políticos
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Antipartidarismo | antipetismo | Metodologia integrativa | Peronismo | Petismo | Representação democrática | Partidos Políticos

Resumo

O projeto de pesquisa explora o antipartidarismo em sistemas multipartidários, propondo-o não como mera oposição a partidos, mas como um conglomerado de identidades políticas, sociais e ideológicas. Argumenta que essas identidades podem reconfigurar dinâmicas eleitorais ao se articularem, mas permanecem distintas quando isoladas. O foco recai sobre o antipetismo no Brasil e o antikirchnerismo na Argentina, fenômenos que transcendem divisões ideológicas tradicionais e incorporam narrativas culturais, emocionais e morais. O estudo investiga como o antipartidarismo desafia noções tradicionais de representação democrática. Ele argumenta que, enquanto os partidos políticos articulam demandas sociais e promovem governabilidade, o crescimento de sentimentos antipartidários pode minar essas funções. A pesquisa adota uma abordagem multimétodos, integrando análises quantitativas e qualitativas. No caso brasileiro, a análise de clusters com dados do Eseb identificou subgrupos antipetistas e suas dinâmicas. Na Argentina, dados do TRI-POL são utilizados para mapear o antikirchnerismo. Técnicas qualitativas, como grupos focais e entrevistas em profundidade, exploram narrativas sociais que sustentam essas formas de antipartidarismo. Os objetivos incluem: compreender o antipartidarismo em sua complexidade; investigar suas implicações para a democracia representativa; e estabelecer comparações robustas entre Brasil e Argentina. A coleta de dados qualitativos na Argentina é central para o projeto, analisando características do antikirchnerismo e fortalecendo redes acadêmicas locais. A pesquisa também busca contribuir para debates globais sobre a crise de representação política, propondo novos paradigmas para o estudo de partidos e identidades políticas.