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Ressentimento como ferramenta política: as técnicas sacerdotais de instrumentalização do ressentimento

Processo: 24/16313-2
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Mestrado
Data de Início da vigência: 01 de maio de 2025
Data de Término da vigência: 28 de fevereiro de 2027
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Filosofia
Pesquisador responsável:Oswaldo Giacoia Junior
Beneficiário:Lucas Pires Ramos
Instituição Sede: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Assunto(s):Técnicas psicológicas
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Líder religioso | Massa religiosa | ressentimento | técnicas psicológicas | Teoria da cultura e filosofia política

Resumo

O presente projeto busca os subsídios nas obras de Nietzsche e de Adorno para compreender os motivos pelos quais o ressentimento pode ser utilizado como uma ferramenta política por um líder religioso. A fim de justificar tanto por que o ressentimento se constitui como uma condição propícia a ser instrumentalizada, quanto por meio de quais dispositivos o líder religioso consegue efetivar este uso, deve-se realizar um trabalho substancialmente hermenêutico, direcionado não apenas à teoria do ressentimento de cada autor, mas também à sua análise conjunta. A complementaridade dos autores se evidencia precisamente diante desta dupla frente de análise, uma vez que, embora Nietzsche já mostre como os ressentidos submetem-se a certo líder religioso, o sacerdote ascético, ao terem satisfeitas suas demandas por poder e por pretextos para a justificação de seu sofrimento, é Adorno quem pontua as diferentes técnicas psicológicas utilizadas por um determinado líder religioso, Martin Luther Thomas, para dominar seus ouvintes. Apesar do uso do ressentimento nestes casos se iniciar no âmbito religioso, ele expande seus efeitos para o campo da política na medida em que o grupo subjugado se multiplica e se fortifica, exigindo aos demais indivíduos a aderência a seus próprios preceitos. Este projeto, portanto, tendo por base a análise da teoria do ressentimento em Nietzsche e Adorno, tanto no interior das obras de cada um desses pensadores, como de seu exame comparativo, abre-se para uma questão da atualidade, a saber: elucidar a instrumentalização sócio-política do ressentimento.

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