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Epididimite induzida pelo vírus da Dengue (DENV-2) em camundongos: panorama do quadro inflamatório e recrutamento de células imunológicas.

Processo: 25/04157-9
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de julho de 2025
Data de Término da vigência: 30 de novembro de 2028
Área de conhecimento:Ciências Biológicas - Farmacologia - Farmacologia Bioquímica e Molecular
Pesquisador responsável:Erick José Ramo da Silva
Beneficiário:Isabela Andrade de Camargo
Instituição Sede: Instituto de Biociências (IBB). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Botucatu. Botucatu , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:21/06718-7 - Estudo translacional sobre a proteína espermática EPPIN como alvo farmacológico para contracepção masculina, AP.JP2
Assunto(s):Epididimite   Epididimo   Flavivirus   Inflamação
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Denv-2 | Epididimite | epidídimo | fertilidade masculina | flavivírus | Inflamação | Farmacologia da Reprodução

Resumo

O vírus Dengue (DENV) é um dos flavivírus de maior impacto na saúde pública global, com quatro sorotipos distintos e ampla distribuição em regiões tropicais e subtropicais. Em 2024, o Brasil registrou a maior epidemia da Dengue em sua história. A doença pode ser assintomática ou induzir quadros que variam de febre, calafrios, cefaleia e mialgia até manifestações hemorrágicas e extravasamento de plasma, em suas formas mais graves. Sua transmissão ocorre principalmente pela picada de mosquitos do gênero Aedes, porém outras vias, como transfusão sanguínea e transplante de órgãos também foram documentadas. Evidências indicam a presença de DENV no sêmen, sugerindo sua capacidade de infectar e colonizar o sistema reprodutor masculino e a possibilidade de transmissão sexual. O epidídimo pode ser afetado por infecções virais, levando a quadros inflamatórios, conhecidos como epididimite, comprometendo a saúde reprodutiva masculina. Estudos do nosso grupo demonstraram que a proteína não-estrutural 1 (NS1) do DENV-2 induz inflamação aguda no epidídimo de camundongos, de maneira dependente do receptor TLR4. Utilizando modelo de infecção por via intracerebral de DENV-2 cepa Nova Guiné (NGC) neuroadaptado em camundongos, também demonstramos a ativação de resposta imunológica no epidídimo, com aumento da expressão de transcritos de mediadores inflamatórios, como interferon beta 1 (Ifnb1) e interferon gama (Ifng). Considerando que a população em idade reprodutiva está entre os grupos mais expostos ao risco de infecção, torna-se essencial investigar as consequências da doença no sistema reprodutor masculino. No presente projeto avaliaremos o perfil da resposta imunológica do epidídimo após infecção por DENV-2 cepa Nova Guiné (NGC), bem como os possíveis efeitos protetores da imunização com a vacina de DNA pcTPANS1. Para tal, camundongos serão infectados com DENV-2 por via intracerebral ou via intravenosa e, em tempos específicos pós-infecção, os epidídimos serão processados para ensaios de RT-qPCR e painel Multiplex para quantificação viral e expressão de citocinas e quimiocinas (RNAm e proteína), análises histopatológicas para quantificação de dano celular, citometria de fluxo para caracterização de população de células imunológicas e imunofluorescência para identificação da distribuição de proteínas virais. Paralelamente, grupos imunizados com a vacina de DNA pcTPANS1 serão avaliados quanto à eficácia na redução da carga viral e da inflamação no epidídimo. Esperamos avançar no conhecimento dos mecanismos fisiopatológicos da epididimite viral induzida pelo DENV-2 e seu impacto no sistema reprodutor masculino, além de fundamentar novas estratégias preventivas e terapêuticas, a fim de mitigar os efeitos da infecção viral e preservar a saúde reprodutiva masculina.

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